Spoiler Alert | Only God Forgives (Final explicado)

Spoiler Alert | Only God Forgives (Final explicado)

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Só Deus Perdoa (Only God Forgives) é um filme de 2013, dirigido por Nicolas Winding Refn, conhecido por seu estilo visual intenso e atmosferas provocativas. Ryan Gosling participa do longa como Julian, um estadunidense que vive em Bangkok e administra um clube de boxe tailandês que serve como fachada para o tráfico de drogas da família.

Se seu último contato com Ryan Gosling foi Barbie, filme de Greta Gerwig com Margot Robbie, com certeza vai estranhar muito Only God Forgives. E mesmo se nunca tiver visto nenhum filme com o ator, mas está acostumado com o cinema tradicional de Hollywood, se prepare para um choque (pela estética, história, fotografia e tudo mais)!

Qual a história de Só Deus Perdoa?

Os parágrafos a seguir podem conter spoilers

O enredo segue Julian quando sua mãe, interpretada por Kristin Scott Thomas, chega à cidade após o assassinato de seu irmão. Ela exige que Julian vingue sua morte, o que leva a um confronto com um policial implacável e altamente moral, chamado Chang, interpretado por Vithaya Pansringarm.

O filme se destaca por suas cenas de violência gráfica, um ritmo deliberadamente lento e a estética visual estilizada, com forte uso de cores, especialmente vermelho. Sem contar que quem não conhece a cultura local pode ficar perdido com diversos momentos, como por exemplo as cenas que se passam em um karaokê.

Ah, se você também ficou sem entender muita coisa de Ilha do Medo ou Lobos, confira aqui o final explicado desses dois filmaços!

Vingança, moralidade e relações disfuncionais

O ritmo lento e o estilo fora do padrão que o filme entrega, servem de pano de fundo para uma narrativa profunda, complexa e estarrecedora. Por isso, ao final do longa é comum certo estranhamento e uma sensação de “não entendi absolutamente nada”.

Se esse ainda é o seu sentimento, entenda os principais pontos do filme:

  • Julian não tinha prazer na vida que levava, por isso estava sempre apático, até mesmo nos momentos que deveriam ser de distração, como quando estava com uma acompanhante;
  • O personagem de Ryan Gosling também sempre demonstrou problemas com de relacionamento. Por algum motivo ele precisava de um certo distanciamento, literalmente falando, para se satisfazer;
  • A relação dos filhos com a mãe era completamente disfuncional, o que explica o tópico acima. Os diálogos não expõe, mas intuem algo que ultrapassa a moralidade e entrega um filho pedófilo, violento e estuprador e outro filho submisso, violento, armagurado e com remorso;
  • Partindo para o outro lado do filme, há o policial justiceiro. Nele há a explicação do nome do filme, onde o persongem pode ser encarado basicamente de duas maneiras: ele é uma figura punitiva, que media o bem o mal em uma sociedade doente e carente. Por isso trata-se de um deus físico, sem sobrenatural, mas que está acima da lei para julgar os culpados. Por outro lado, ele não perdoa ninguém, afinal, Só Deus perdoa, ele pune;
  • No final do longa, Julian encontra-se com o justiceiro e entende que precisa de uma punição para se livrar dos pecados que cometeu ao longo da vida. E assim ele pode seguir um novo ciclo, já que cortou o mal pela raiz retirando de si as mãos violentas que o levou a diversas ocasiões ruins;
  • O Karaokê também tem um ponto importante nessa história. Por vezes o polícial justiceiro aparece lá, cantando. Em alguns países da Ásia, esse ato é considerado sagrado, então após cometer seus atos de justiça, a ida ao ambiente musical é como uma purificação. Afinal, Só Deus Perdoa, mesmo ele que é como um deus daquela sociedade, que só age como promotor, acusador e inquisitor, precisa passar por um rito de limpeza.

Um filme divisivo

Only God Forgives dividiu opiniões entre críticos e audiência. Enquanto alguns elogiaram o estilo visual e a ambiguidade moral, outros criticaram a narrativa por ser fria e difícil de acompanhar. O filme foi exibido no Festival de Cannes de 2013, onde gerou reações polarizadas. Ryan Gosling, que trabalhou anteriormente com Refn em Drive, tem um papel bastante contido, com poucos diálogos, destacando o tom introspectivo e misterioso de seu personagem.

Sobre o Autor

Ana Cláudia Oliveira
Jornalista de formação, sou redatora há 10 anos. Já escrevi de tudo um pouco e agora estou mergulhando no universo do entretenimento. Há muito o que se descobrir por aí e é através da comunicação que quero fazer isso: this is the way!

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