Pachinko: Coreia além do K-Drama e K-Pop

Pachinko: Coreia além do K-Drama e K-Pop

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Pachinko é uma das belíssimas produções do streaming Apple TV+ que conta a história da Coreia e do Japão entre tensões políticas e no mundo antes e depois da Segunda Grande Guerra. Baseada em um romance de 2017 escrito por Min Jin Lee, a série foi criada por Soo Hugh, teve a primeira temporada lançada em 2022 e a segunda em 2024.

Até o começo de janeiro de 2025 ainda não há confirmações sobre continuação, talvez a temporada de premiações dê um empurrão, seja para um novo trabalho ou o cancelamento (que seria um abusurdo).

Essa produção é tudo que uma pessoa que ama história precisa. De tal forma, a série entrega um universo asiático muito distante do glamour e diversão que os conhecidos K-Dramas e K-pop podem apresentar para o mundo americano. O brasileiro já se encantou com essa estética há alguns anos, porém, não há muita dimensão do contexto político e histórico que aqueles países apresentam.

Sobre o que se trata Pachinko

Pachinko é uma produção inspirada no livro de Min Jin Lee e narra a trajetória de uma família coreana que decide emigrar para o Japão pouco antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial.

A série acompanha essa família por quatro gerações, explorando com profundidade temas como o amor, os sacrifícios feitos em nome dos sonhos, a busca por identidade em um ambiente estrangeiro e as intricadas dinâmicas que moldam as relações familiares ao longo do tempo.

Sendo assim, a história é contada entre idas e vindas ao passado. O espectador conhece algumas linhas do tempo contadas de uma só vez. Ao ler assim pode parecer confuso, mas tudo faz sentido.

O nome Pachinko

Pachinko é uma máquina de jogos muito popular no Japão, semelhante a uma mistura de caça-níquel e pinball. Nesse jogo, as pessoas colocam pequenas bolas de metal na máquina, e o objetivo é guiá-las para cair em lugares específicos, onde podem ganhar mais bolas como prêmio.

Maquinas de Pachinko em Tokyo. Fonte: MichaelMaggs – Obra do próprio, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=5648468

No contexto da série e do romance, o título “Pachinko” funciona como uma metáfora para a vida dos personagens. Assim como no jogo, onde o resultado depende de uma combinação de sorte e habilidade, a trajetória dos imigrantes coreanos no Japão é marcada por escolhas difíceis, eventos imprevisíveis e desafios sistêmicos.

Além disso, o pachinko também aparece na história como um símbolo da marginalização, já que muitos coreanos no Japão acabaram trabalhando nessa indústria devido à falta de outras oportunidades.

Outro detalhe importante é que o pachinko foi o marco ou símbolo de mudança para alguns personagens. Ao mesmo tempo que o nome carrega o peso social, por outro entrega um lugar de crescimento e sobrevivência.

Drama

A série tem uma história pesada. Retratar ciclos de guerras, incluindo a Segunda Grande Guerra não poderia ser diferente.

No centro da história está Sunja (interpretada por Minha Kim na juventude e Youn Yuh-jung na maturidade), uma jovem nascida em uma vila de pescadores na Coreia do início do século XX. Sua vida muda drasticamente após um encontro com Koh Hansu (Lee Min-ho), um homem misterioso e influente.

Ao longo da trama, conhecemos outros membros marcantes da família, como Isak (Steve Sanghyun Noh), um bondoso pastor que entra na vida de Sunja, e seus filhos, Noa (Jeon Yu-na e Jin Ha, em diferentes fases) e Mozasu (Soji Arai). Eles crescem enfrentando as complexidades de viver em um Japão onde os coreanos são frequentemente marginalizados.

Em paralelo, a série apresenta Solomon (Jin Ha), neto de Sunja, que vive nos Estados Unidos nos anos 1980 e tenta equilibrar as expectativas de sua família com os desafios do mundo corporativo moderno.

O que esperar dessa série

Se você curte conhecer novas culturas, gosta do universo Coreano que é conhecido no Brasil, Pachinko pode ser um novo horizonte a ser contemplado, afinal há muito conhecimento a ser desbravado por meio dela.

Que venham muitos prêmios para a produção nessa temporada de premiação e uma notícia de renovação para a terceira temporada (pois há muita história a ser contata ainda).

Tópico importante: abertura

Não pule a abertura! Além de ser um show de graça e beleza, tem algumas mudanças ao longo dos epsódios. Com uma dança dentro de um salão de Pachinko, todas as gerações apresentadas se juntam de uma maneira especial. Vale a pena não pular.

Sobre o Autor

Ana Cláudia Oliveira
Jornalista de formação, sou redatora há 10 anos. Já escrevi de tudo um pouco e agora estou mergulhando no universo do entretenimento. Há muito o que se descobrir por aí e é através da comunicação que quero fazer isso: this is the way!

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