Luto: filmes e séries que abordam esse tema

Luto: filmes e séries que abordam esse tema

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O luto é um conjunto de várias reações que uma pessoa tem durante a perda de alguém especial, significativo. É possível transferir esses sentimentos para momentos de perdas materiais ou subjetivas, como quando uma série ou livro chega ao fim, mas o foco agora são as perdas de pessoas que se ama.

São poucas as pessoas que nunca passaram pelo luto. E vale ressaltar também que esse misto de reações, embora tenha passos processuais, não acontecem em uma ordem ou período fixo para todo mundo. Cada um vive o luto de uma maneira e por um tempo indefinido.

Por isso que muitas obras mostram esse universo e algumas delas podem ajudar você que talvez esteja passando por isso. Algumas pessoas tem dificuldade de superar a dor e viver o luto, outras vivem demais. Não há certo ou errado, mas os filmes e séries listados aqui podem ajudar com empatia.

Filmes e séries que tratam o luto de uma ótima maneira

O luto tem as seguintes fases: Negação, Raiva, Barganha, Depressão e Aceitação. Elas podem ou não acontecer nessa ordem e cada pessoa reage de uma maneira. Nos filmes e séries listados a seguir, é possível assistir essas diferentes partes nas narrativas. Confira a lista:

WandaVision: o luto é o maior subtema dessa série

WandaVision é uma minissérie da Marvel, que está disponível no Disney+, e mostra a recuperação (ou não) de Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen) após perder o companheiro Visão (Paul Bettany).

Após a morte de Visão, Wanda passa pela fase da raiva, depressão e quando chega na barganha ao mesmo tempo que na negação. Até chegar a aceitação, assistimos todos os episódios de um delírio, onde ela vive a vida que sempre quis ao lado do companheiro e tem até mesmo filhos.

Em uma das cenas da série, em um diálogo de flashback com Visão, onde Wanda lida com um luto anterior, que foi a perda do irmão gêmeo, ele solta uma frase que marcou e faz qualquer pessoa refletir sobre essa temática.

Luto
“O que é o luto, se não o amor que perdura?” | Créditos da imagem: https://x.com/SobreSagas/status/1616842639675981824

Ainda na trama, acompanha-se Wanda chegando ao final da barganha e indo até a aceitação, quando precisa lidar com a perda dos filhos (que ela nunca teve, mas se apegou o suficiente). A personagem entra em novo processo de luto que você pode ver o desfecho no filme Dr. Estranho no Multiverso da Loucura.

Aftersun: uma viagem sobre como enxergamos nossos pais

Disponível na Netflix, aqui a história é ainda mais delicada, afinal Aftersun retrata mais que luto, uma perda diferente do “normal” ou pelo menos esperado. Você pode conferir uma explicação sobre todos os signicados e subtemas desse filme.

Mas indo para a hipótese mais aceita, o filme retrata Sophie (vivida por Celia Rowlson-Hall na fase adulta), processando e entendo a perda do pai Calun (Paul Mescal) após suicídio precedido por um quadro de depressão.

Entende-se que a moça está passando pela aceitação durante o filme, quando ela revive memórias das últimas férias que teve com o pai, antes dele perder a vida.

Mais que o luto, esse filme mostra como podemos amadurecer nossa reflexão e entendimento sobre nossos pais e os problemas que eles vivem ou podem viver na fase adulta.

Junto com Shopie, vemos na entrelinhas que Calun vivia uma fase difícil, complicada, depressiva e triste. Quando criança ela não pôde notar isso, o que certamente atrapalhou seu entendimento e digestão sobre o luto, fazendo com que isso só pudesse ser feito anos mais tarde.

P.S. Eu te amo: um jeito de superar o luto

Quem começa assistindo esse filme que está lá no Prime Video achando que é um romance bobo se surpreende ao ver que se trata de um drama mais profundo do que aparenta. Um jovem adulto escreve cartas para sua esposa, que por sua vez faz dessas mensagens seu modo de superar a viuvez.

Holly (vivida por Hilary Swank) encontra nas cartas do amado uma maneira de se recuperar. Superar um pouco da saudade pelas palavras de Gerry (Gerard Butler), faz com que ela ultrapasse também o luto. Para quem está ao redor parece uma prisão no passado, em uma época que não volta mais, mas na verdade foi o meio de enfrentamento que ela teve para um tempo de dor.

This Is Us: a dor faz parte da vida

This Is Us, disponível também no Disney+, é aquela série que não só mostra um drama ou outro, ela te maltrata, acaba com você, destrói seu emocional por completo. Afinal de contas, quando menos esperando, mesmo sabendo, temos que lidar com a morte de Jack (Milo Ventimiglia).

O luto principal que a série entrega é a morte de Jack e como principalmente os filhos não lidam bem com isso até anos depois da tragédia. É como se estivessem sempre indo e voltando à fase da depressão.

O melhor é que a série mostra como uma mesma situação, uma mesma perda, podem gerar reações totalmente diferente nas pessoas.

Além do luto, a série mostra também a superação de traumas.

Eu Nunca…

Para fechar essa lista não poderia deixar de citar Eu Nunca, série original da Netflix. Tudo que uma pessoa precisa para viver durante o caos chamado adolescencia certamente não é viver a morte surpresa do pai. Devi (Maitreyi Ramakrishnan), teve de lidar com a perda do pai que era o melhor amigo, especialmente pela relação complicada que tinha com a mãe.

A protagonista viveu o luto quase que forma silenciosa, tanto que em alguns momentos respondeu fisicamente à tristeza, como quando parou de andar sem motivo algum aparente.

Pela intensidade da adolescencia tudo no processo de luto de Devi foi intensificado. A negação, a depressão, a raiva e a barganha foram vividos de uma forma arrebatadora e a menina descontava no mundo do que sentia.

Até chegar a aceitação é possível ver o processo de amadurecimento que Devi vive. As inconstancias emocionais, os medos do futuro, a instabilidade com a mãe e muitos outros processos e sentimentos se confundiram com o luto da garota. Por mais irritante que ela seja em muitos momentos, ao se dar conta do que ela precisou viver tão inesperadamente dá para se dar um desconto e ter muita empatia com Devi.

Sobre o Autor

Ana Cláudia Oliveira
Jornalista de formação, sou redatora há 10 anos. Já escrevi de tudo um pouco e agora estou mergulhando no universo do entretenimento. Há muito o que se descobrir por aí e é através da comunicação que quero fazer isso: this is the way!

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