Cidade Invisível – Crítica

Cidade Invisível – Crítica

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Por: Juliene Pereira

Após quase dois anos de espera, finalmente chegou à Netflix a segunda temporada da série nacional, Cidade Invisível, que tem como tema principal a riquíssima mitologia do folclore brasileiro.

A primeira temporada da produção, que era ambientada no Rio de Janeiro, se voltava para a investigação que o policial ambiental Eric (Marco Pigossi) realizava depois da morte de sua esposa Gabriela (Julia Konrad). Durante este processo, o protagonista se deparou com diversas figuras conhecidas no folclore.

Na segunda temporada, que agora se passa em Belém, no Pará, Eric retorna depois dos acontecimentos principais da primeira parte totalmente envolvido com o mundo sobrenatural e encontra Luna (Manu Dieguez), sua filha, sob os cuidados da Cuca (Alessandra Negrini). A partir deste momento, o personagem começa uma busca incessante para que ele e sua filha voltem a ter uma vida completamente normal.

Durante essa trajetória, é integrado ao elenco novas criaturas mitológicas, como o Lobisomem (Tomás de França), a Mula-Sem-Cabeça (Simone Spoladore), Lazo (Mestre Sebá) e Matinta Pereira (Letícia Spiller), que, juntamente com a lenda de Marangatu, dão um toque espetacular para o desenvolvimento da trama.

O enredo, agora, traz como pauta principal temas importantes no país, como o garimpo ilegal e a preservação da Amazônia, contextualizando com os debates de disputas de terra, que se acentuaram nos últimos anos. Além de reforçar a imagem do indígena como o protetor, não apenas da natureza, mas da cultura brasileira.

A trama consegue conectar o espectador do minuto inicial até o minuto final, tendo uma condução de narrativa incrível e com um elenco sensacional, principalmente os atores Marco Pigossi e Alessandra Negrini, que possuem uma conexão maravilhosa enquanto estão dividindo a tela.

Cidade Invisível – que tem uma temporada mais curtinha, com apenas cinco episódios –  cumpre novamente o que promete e entrega um enredo impecável, com um ciclo bem fechadinho, dando espaço para uma possível sequência. 

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