Versões bizarras de filmes famosos

Você está tranquilo navegando na internet ou passeando pelos canais de TV quando dá de cara com um filme que parece familiar… mas tem algo estranho. O carro falante não é bem o Relâmpago McQueen. O rato cozinheiro não é o Remy. E o herói verde parece ter saído de um jogo de PlayStation 1. Pois bem, você se bateu com mundo das versões bizarras de filmes famosos — também conhecidas como mockbusters.
Esses filmes alternativos geralmente são lançados perto dos blockbusters originais, tentando surfar no sucesso deles. Com orçamentos minúsculos, efeitos pra lá de duvidosos e histórias muito genéricas, essas produções são tão ruins que chegam a ser irresistíveis. Prepare-se para dar boas risadas (ou ficar chocado) com 6 pérolas desse universo peculiar.
Os Carrinhos
Imagine se a Pixar tivesse feito Carros e, em seguida, alguém tentasse lembrar do filme e refazê-lo usando o Paint. É mais ou menos isso que acontece com Os Carrinhos, uma animação brasileira que é quase um clone de Carros, só que com traços tremidos, texturas sem vida e vozes que parecem gravadas no fundo da garagem.
A história acompanha carros falantes vivendo aventuras emocionantes (ou nem tanto) numa cidade cheia de personagens genéricos. Apesar das boas intenções, a qualidade da animação e do enredo deixa claro que não se trata de uma corrida pela excelência. E sim, foram lançadas várias continuações. Por quê? Boa pergunta.

Metal Man
Enquanto a Marvel nos entregava Robert Downey Jr. como Tony Stark, a pequena produtora da vez lançava Metal Man, um “herói” de armadura amassada, efeitos (nada) especiais e um roteiro que parece ter sido escrito durante o intervalo do almoço.
O filme tenta copiar a vibe tecnológica e científica de Homem de Ferro, mas o resultado lembra mais um episódio mal feito de uma série dos anos 90. O traje do Metal Man parece feito de papel alumínio reforçado com fita isolante. Tony Stark ficaria ofendido — e com razão.

Confira também: O que é mockumentary? Confira exemplos
Ratatoing
Mais uma produção nacional, Ratatoing tenta pegar carona no sucesso do aclamado Ratatouille, da Pixar. Aqui, o rato cozinheiro se chama Marcell Toing e é o chef de um restaurante sofisticado para roedores no Rio de Janeiro. É, sem dúvidas, uma das animações já feitas. Movimentos duros, cenários reciclados e um áudio que parece gravado em um banheiro público.
Apesar das semelhanças gritantes com a animação da Pixar, Ratatoing virou meme justamente por sua estética “crua” e pela ousadia de adaptar a ideia para o contexto tropical. Se Remy fosse brasileiro, talvez tivesse um toque de dendê na receita.

Avenging Force: The Scarab
Esse aqui é para quem achava que já tinha visto de tudo. Avenging Force: The Scarab tenta criar uma equipe de super-heróis para rivalizar com Os Vingadores. O problema? Nenhum orçamento, figurinos de papelão e efeitos que fariam um GIF animado parecer um espetáculo da Marvel.
O “herói” principal, The Scarab, parece um cruzamento entre o Besouro Azul e um Power Ranger aposentado. A tentativa de construir um universo cinematográfico termina em um mar de clichês, atuações engessadas e combates que parecem brigas de escola com câmera tremida. Mas vale assistir nem que seja só pela experiência surreal.

The Mystic Adventures of Billy Owens
Imagine Harry Potter… mas sem Hogwarts, sem orçamento e com um elenco que parece estar decorando as falas pela primeira vez. Billy Owens é um garoto que descobre uma varinha mágica em uma loja de antiguidades e passa a viver aventuras místicas com seus amigos.
O filme tenta desesperadamente emular o clima mágico de Harry Potter, mas o resultado é uma produção canadense que parece ter sido feita como projeto de escola. Tem magia, tem professor misterioso, tem até “vilão”, mas falta aquele pequeno detalhe chamado qualidade.
Veja: O que é CGI? Conheça técnica utilizada em filmes e séries

The Amazing Bulk
Fechamos com chave de lata: The Amazing Bulk talvez seja a mais inacreditável de todas. Com gráficos em CGI que lembram um game de 1995, o filme tenta ser uma paródia de O Incrível Hulk, mas falha até nisso. O protagonista se transforma em uma criatura roxa gigante e corre por paisagens que parecem ter sido renderizadas no Paint 3D.
O filme inteiro parece ter sido filmado em fundo verde, com os cenários colados digitalmente depois — e mal colados. Diálogos absurdos, atuações sem emoção e cenas de ação cômicas tornam The Amazing Bulk quase uma obra de arte do trash.

É ruim, mas é bom?
Essas versões bizarras de filmes famosos são um fenômeno à parte. Elas divertem não por sua excelência, mas justamente pelo contrário: pela ousadia de existir, mesmo sendo cópias descaradas e mal executadas. Algumas viraram memes, outras cults involuntários. Mas todas têm algo em comum: você precisa ver para crer. E aí, teria coragem de assistir alguma dessas “pérolas”? Ou já viu alguma por engano e se sentiu traído? Conta aí nos comentários!
Sobre o Autor

- Baiana, 22 anos, estudante de Cinema e Audiovisual. Apaixonada por animações e videogame. Amo falar e escrever sobre meus filmes, séries e livros favoritos.
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