The Flash (9ª temporada) – Crítica

The Flash (9ª temporada) – Crítica

Compartilhe nas redes!

The Flash e as séries do Arrowverso em geral não souberam a hora de acabar. Poderiam aproveitar a empolgação da Crise nas Infinitas Terras, que aconteceu há três anos para dar um desfecho geral e digno ao universo, mas o CW preferiu dar sequência e até mesmo iniciar novos derivados. Somente Arrow, que deu o pontapé inicial ao universo, chegou ao fim naquela oportunidade.

Como consequência, um formato que já estava desgastado chegou ao ápice da mediocridade com os impactos da pandemia, que além de diminuir ainda mais orçamentos, alterou a rotina de gravação e produção das séries. Não a toa, agora, todas as séries chegaram ao fim (com exceção de Superman & Lois, que se desvinculou do Arrowverso, mas também não está 100% segura de sua continuidade).

Mas vamos ao que interessa: a última temporada da série The Flash é uma decepção. Dos 13 episódios, prometidos como uma temporada “mais direto ao ponto”, somente dois são realmente bons. O início carrega um arco totalmente desnecessário e mal executado. O meio tem fillers que desrespeitam a própria série ao ignorar o seu protagonista. E o final tem uma ideia legal, mas executada de forma apressada e com um final vexatório.

É difícil até comentar com mais detalhes, não por medo de dar spoilers, mas por falta de gosto e/ou empolgação. Vou me prestar a falar sobre o episódio 9, intitulado ‘It’s My Party And I’ll Die If I Want To’, que traz os retornos de Wally West, John Diggle, do vilão Bloodwork e, claro, Oliver Queen (Stephen Amell). Esse episódio tem tudo que a temporada precisava ter: apelo à nostalgia, foco no protagonista e boas referências.

O outro episódio que vale ser comentado é a primeira parte do arco final, chamado de ‘New World’. Nele vemos um misterioso personagem com a mesma aparência de Eddie Thawne surgindo e tendo uma origem que remete ao piloto da série. Sem muito mais que isso para não entregar sobre a história, mas fica o alerta: a ideia foi melhor do que a execução. Mas o forte mesmo é a volta de Barry Allen aos anos 2000, mais especificamente para a noite em que o Flash Reverso mata Nora Allen. Essa parte do episódio é tão boa que, se fosse o final da série, teria sido bem melhor. É um fechamento de ciclo perfeito. Pena que teve mais coisas depois para estragar isso.

The Flash tem um legado incrível, isso ninguém pode negar. Foi a série que alavancou de vez o universo DC nas telinhas e criou uma nova base de fãs. Junto com Arrow, talvez sejam as séries de TV mais importantes para uma marca dos últimos 20 anos. A DC Comics encontrou aqui um sucesso que há muito tempo não alcançava.

Mas também não é errado dizer que o cansaço e o desgaste chegaram e tiveram um peso enorme na decadência das produções. Isso sem falar dos problemas de bastidores, que principalmente em The Flash, foram cruciais até mesmo para que os atores desejassem o fim da série. O final é triste, mas o legado foi que importante e valeu. Pena que fica esse gosto amargo no final. A última corrida de Barry Allen na TV merecia um resultado mais digno.

Sobre o Autor

Heider Mota
Heider Mota
Baiano, 28 anos, jornalista. Gosto de dar meus pitacos sobre filmes e séries por aqui.

Um comentário em “The Flash (9ª temporada) – Crítica

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *