The Flash (8ª temporada) – Crítica
A oitava e penúltima temporada da série The Flash pode ser resumida como um conjunto de erros e acertos dos anos anteriores que a produção já teve. Podemos notar muito da essência que fez essa ser a série de heróis da DC de maior audiência do canal The CW, mas também é perceptível o desgaste e os erros que levaram a uma considerável queda do interesse do público pelo projeto.
A história é dividida em pelo menos três arcos com outras tramas paralelas sendo contadas durante esses períodos definidos.
Confira aqui a crítica da 9ª e última temporada de The Flash
Armagedom
Iniciamos com o arco Armagedom, que ocupa os episódios 1 a 5. Divulgado como um evento crossover, a trama traz inúmeros personagens das outras séries do Arrowverso — Jefferson Pierce (Black Lightning), Ray Palmer (Legends of Tomorrow), Damien Darkh (Arrow), Ryan Wilder (Batwoman), Alex Danvers (Supergirl), Mia Queen (Arrow), entre outros.
O vilão da vez é Despero, um alienígena que viu seu planeta ser destruído e quer impedir que o Flash faça o mesmo com a Terra. Há, claro, alguns plot-twists interessantíssimos, mas a história fica realmente legal quando o alien sai de cena. Fora os efeitos visuais tenebrosos, Despero é pouco ameaçador. Tudo fica muito mais legal de ver quando um certo vilão do passado retorna. Com início, meio e fim, o Armagedom é um bom pontapé para a temporada, mas suas consequências quase em nada são sentidas no restante do oitavo ano da série.
Chama Negra
Do episódio 6 ao 14 temos a introdução de uma nova ameaça, a Chama Negra. Aqui a série se perde bastante por não conseguir focar no arco principal e dá muito espaço a tramas paralelas que são um grande desvio e acabam por ficar enfadonhas. Além disso, personagens como Caitlin Snow (Danielle Panabeker) sofrem grandes alterações de personalidade sem qualquer justificativa plausível, o que seguirá, infelizmente, até o final da temporada.
A revelação do vilão é interessante e traz uma inesperada conexão com algo da primeira temporada. Mas foi a parte mais cansativa e chata dessa temporada.
Forças Negativas
Do episódio 15 ao 20 temos o arco final. Por trazer algo que veio dos anos anteriores, pode ser legal para alguns conseguirem enxergar as conexões. Gosto das presenças dos filhos Nora (Jessica Parker Kennedy) e Bart (Jordan Fisher). No entanto, todo o espaço dado para o desenvolvimento sem critério dos poderes de Cecille (Danielle Nicolet) é indefensável).
Os fillers contidos nos episódios 16 e 17 atrapalham a progressão da trama em um momento da temporada em que não se poderia mais perder tempo com histórias paralelas.
Gosto muito do episódio 18, que traz uma reviravolta muito interessante e inesperada, além de conexões com Legends of Tomorrow. Por fim, o desfecho ficou aquém do esperado. Uma mesma estratégia de anos anteriores é utilizada e é preciso recorrer a figuras conhecidas para dar peso à trama. Além disso, novamente os efeitos especiais e escolhas equivocadas no uniforme do vilão difíceis de aturar.
A ausência de Iris West-Allen (Candice Patton) é sentida, já que a personagem fica sumida por diversos episódios em uma justificativa que fica mal explicada e pouco desenvolvida. Mas, espero que represente o fim de um arco insuportável envolvendo as Forças. Sério. Ninguém aguenta mais isso.
Para os guerreiros que seguem acompanhando a série até os momentos finais, volto a dizer: a oitava temporada reúne elementos que tanto levaram The Flash ao auge quanto à sua significativa queda. Grant Gustin segue sendo o ponto mais alto, tanto em atuação, quanto em carisma. Ele merecia um material melhor.
O oitavo ano de The Flash é ok, longe dos piores momentos da série, mas também muito atrás dos pontos mais positivos. Agora nos resta torcer para a temporada final, que será reduzida (13 episódios apenas) seja eficiente do início ao fim para dar o desfecho que um universo tão importante na TV para os heróis da DC Comics merece ter.
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muito bem colocado, concordo com tudo o que foi dito. espero que a última temporada seja boa e dê um final digno a série