Super Mario Bros. – O Filme – Crítica

Numa brilhante parceria entre Nintendo e Illumination, Super Mario Bros. – O Filme chegou às telonas em abril de 2023 adaptando a história do encanador bigodudo italiano favorito do mundo. Na trama, seu irmão Luigi, conhecido por muitos como Mario verde, acaba parando no Reino das Sombras e é sequestrado por Bowser. Então, Mario, Princesa Peach e Toad saem em uma jornada junto a Donkey Kong e todo o Reino dos Kongs para resgatá-lo e também evitar a ruína do Reino Cogumelo.

A decisão de “substituir” Peach pelo Luigi no lugar de “pessoa sequestrada” foi interessante no rumo da história. Pra quem conhece os jogos, sabe que a princesa sempre é levada e fica à espera de resgate. Mudar o papel dela, tornando-a uma figura mais forte e ativa na história foi muito legal para mostrar que a princesa não é tão indefesa assim. Foi uma mudança simples, mas que traz um novo ar às aventuras que já conhecemos.

O tempo todo é deixado bem claro que o relacionamento entre Mario e Luigi é muito próximo e como os dois sempre estão juntos, desde bem pequenos. É bem bonito e fofo o jeito que eles estão sempre se apoiando e nunca competindo um com o outro, mostrando que cada irmão tem seu valor e importância. Falando em irmãos, foi meio estranho, mas legal, ver a família dos personagens, mesmo que de maneira rápida e não tão relevante na trama.

O roteiro é simples, nada extraordinário. E a trama é muito divertida. Entretém muito ao público em geral, mas se você é fã dos games, com certeza a sua experiência vai ser ainda mais proveitosa.

A obra é lotada de easter eggs à muitos jogos e consoles, novos e antigos, tanto com referências visuais quanto com músicas e efeitos sonoros. Particularmente, sou muito fã dos jogos e de toda a franquia desde a infância, então, pra mim, foi uma experiência deliciosa e única.

Tenho a plena consciência de que a obra não é perfeita, porém, ela tem um gostinho de nostalgia misturado com o frescor de uma nova história o que deixa tudo mais legal.

O longa é um pontapé inicial para uma possível franquia de filmes divertida e que agrada quase todo tipo de público. Minhas ressalvas ficam com o ritmo meio acelerado da história e com a falta de alguns personagens, mas entendo que para o começo, seria mais seguro usar apenas os principais.

De um ponto de vista mais técnico, a animação é muito bonita e fofinha. O mix de trilhas dos jogos com algumas músicas famosas foi interessante. O fato de Mario se tornar o herói que conhecemos ao invés de ser o “number one” desde o começo traz uma sensação mais satisfatória quando o vemos ganhando batalhas.

De modo geral, a experiência é muito divertida e te deixa com um enorme sorriso o tempo todo. Como fã, fiquei muito satisfeita e com vontade de assistir mais uma vez para conseguir captar as referências que perdi na minha primeira assistida. É uma ótima opção para quem busca algo leve para assistir em família.

Sobre o Autor

Luane Mota: Baiana, 22 anos, estudante de Cinema e Audiovisual. Apaixonada por animações e videogame. Amo falar e escrever sobre meus filmes, séries e livros favoritos.