Spoiler Alert | O Menu (Final explicado)

O Menu é um thriller psicológico de 2022, dirigido por Mark Mylod, que mistura terror, humor ácido e crítica social. A trama segue um grupo de pessoas privilegiadas que se reúne em um restaurante exclusivo em uma ilha isolada, comandado pelo renomado Chef Slowik (Ralph Fiennes).

Cada prato servido revela segredos e críticas afiadas sobre os convidados, enquanto a noite toma rumos cada vez mais sombrios. No centro da história está Margot (Anya Taylor-Joy), uma personagem que não pertence à elite presente e cuja presença inesperada pode alterar o rumo da situação.

Sobre o que fala o filme O Menu?

O Menu não é somente um filme que aborda um jantar repleto de violência e sadismo. O filme pode ser entendido como uma série de críticas — a desvalorização da arte, elitismo, cultura de acessos e ao vazio da superficialidade.

Cada personagem representa um arquétipo: o crítico de arte arrogante, os empresários corruptos, o astro decadente, entre outros. Todos compartilham uma superficialidade que o Chef Slowik despreza profundamente.

Também apresenta-se como uma crítica do antagonista principal a si mesmo. Para Slowik, cozinhar deixou de ser um prazer e se tornou uma performance vazia, alimentada apenas pelo ego dos ricos. Margot, sendo uma outsider, expõe a hipocrisia de todos os envolvidos, incluindo a do próprio Chef.

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Final explicado – Por que o chef deixa Margot ir embora?

Chef revela que a refeição final é um ato de arte performática que culminará na morte de todos, incluindo ele e sua equipe. Margot, no entanto, representa um elemento de resistência inesperado.

Durante o jantar, ela percebe que Slowik despreza os convidados porque eles não valorizam a comida como deveriam. Margot decide usar isso a seu favor e pede um cheeseburger simples, feito de maneira tradicional. Ao demonstrar um genuíno apreço pelo prato, ela desperta um momento de nostalgia e humanidade no Chef. Em um ato simbólico, ele permite que ela deixe o restaurante com o cheeseburger em mãos.

Enquanto Margot foge para o continente, os convidados, resignados, aceitam seu destino.

O final trágico do filme O Menu

O final de O Menu pode ser interpretado como uma sátira ao vazio da elite e à desconexão entre arte e significado. Margot, como alguém de fora desse mundo, sobrevive porque é a única que consegue enxergar o valor da simplicidade e da autenticidade. O cheeseburger que salva sua vida é mais do que um prato; é um lembrete de que, na busca pela sofisticação, esquecemos o valor das coisas simples e humanas.

Para Slowik, o fim trágico é uma catarse. Ele destrói não apenas os convidados, mas também o próprio sistema que o transformou em algo que despreza. O filme deixa uma mensagem poderosa: quando a arte perde sua alma, tanto o criador quanto o público ficam condenados.

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