Shazam! 2: Fúria dos Deuses – Crítica

Shazam! 2: Fúria dos Deuses – Crítica

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A missão de transformar Shazam! 2 em um sucesso de bilheteria e público era árdua. Em meio a uma reformulação profunda no Universo Cinematográfico da DC (DCU, na sigla em inglês), abandonando o Snyderverso e desenvolvendo as ideias de James Gunn e Peter Safran, o longa do herói atrapalhado se tornou um obstáculo a ser superado. Antes do lançamento – e com uma divulgação abaixo do normal – os questionamentos recaiam sobre o futuro da produção neste novo universo. E, após o lançamento, as dúvidas seguem e isso se torna o maior problema do filme, que, em muitos momentos, perde tempo com cenas sem futuro.

Repetindo a dobradinha David F. Sandberg na direção e Zachary Levi como protagonista, Shazam! 2 acompanha a família Shazam em sua rotina após os eventos do primeiro filme. Agora, o grande embate é com as Filhas de Atlas, que buscam recuperar o seu mundo ou conquistar o nosso. Com isso, Billy Batson (Ascher Angel/Zachary Levi) terá que aprender as consequências de ser um super-herói e como isso afeta o mundo e as pessoas próximas.

De forma geral, Fúria dos Deuses é um repeteco do primeiro longa, expandindo conceitos e elevando o risco da aventura. Sendo assim, caso você tenha gostado do antecessor, possivelmente gostará de Shazam! 2. O ponto alto da produção é a diversão familiar – ainda que desenvolva pouco os demais integrantes da família – e o clima leve de Sessão da Tarde, ainda que tenha perdido a liberdade de focar apenas em seu núcleo, como era o antecessor. Em Shazam! 2 sobram referências ao Universo DC e, até, a outros universos, como Star Wars.

A expectativa inicial ficava por conta das conexões e como o longa apresentaria esses personagens que, em tese, têm os dias contados. Pois bem, a decisão é a pior possível. Shazam! segue Adão Negro e tenta manter as raízes do universo desenvolvido por Snyder que, como sabemos, não tem futuro. As inserções de personagens como a Mulher-Maravilha (Gal Gadot) e a Amanda Waller (Viola Davis) aumentam as dúvidas sobre qual o caminho os produtores seguirão.

Em comparação com outros lançamentos recentes do mesmo gênero, como Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania e Thor: Amor e Trovão, que seguem linha parecida de humor, Fúria dos Deuses é, sem dúvidas, o mais ‘redondinho’. Contudo, para a história ele ficará conhecido com um enorme fracasso e, mesmo que seja imperfeito, está longe de ser terrível como foi comentado. É simplesmente um filme que se agarra demais a um universo que não existe mais (ou então em um novo que ainda nem foi apresentado) e isso o torna totalmente dispensável.

Shazam! 2: Fúria dos Deuses é uma diversão leve e sem comprometimento que, caso você aceite a proposta, com certeza receberá um divertimento em suas duas horas de conteúdo. No entanto, ao tentar conexões com o DCU, a narrativa é transformada em algo confuso e o futuro se torna ainda mais duvidoso.

Dito isso, é o tipo de filme que é possível esperar seu lançamento no HBO Max, sem a necessidade de ir aos cinemas. Conselho que, aparentemente, muitas pessoas já estão seguindo.

Sobre o Autor

Leonardo Pereira
Leonardo Pereira
Jornalista, 24. Repórter no Folha do Mate, podcaster no Na Tabela e HTE Sports. Pitacos sobre cinema e cultura pop no Entre Sinopses.

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