Review | The Last Of Us 2×07 (Convergence)

Review | The Last Of Us 2×07 (Convergence)

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O último episódio da segunda temporada de The Last Of Us é um resumo do que foi este ano dois: altos e baixos. Marcada por grandes momentos, como os últimos cinco minutos, a trama também sofre com arcos acelerados e sequências sem qualquer importância. Infelizmente, em comparação com o ano um, a temporada é decepcionante.

Neste episódio, Ellie (Bella Ramsey) reencontra Dina (Isabela Merced), Jesse (Young Mazino) e Tommy (Gabriel Luna) após a batalha em Seattle, que ocasionou na descoberta da motivação de Abby (Kaitlyn Dever) para matar Joel (Pedro Pascal). De forma desconjuntada, o capítulo passa por diversos arcos, desde a ilha dos Serafitas (totalmente perdida no meio da história) até o reencontro com Abby.

Bons momentos

Apesar da ação como foco central, a trama também teve como destaque os bons diálogos. Primeiro com Ellie e Dina, com a protagonista se emocionando ao contar os motivos que levaram à vingança de Abby contra Joel, e segundo em vários momentos com Ellie e Jesse.

Jesse é um dos pilares deste episódio (até porque morre ao final dele), mas antes recebe um devido aprofundamento e se apresenta como um dos personagens mais coesos e inteligentes da série até o momento. Infelizmente, é um contraste para a inconstante Ellie.

Após este início mais lento, uma maratona de cenas de ação ocorrem, a maioria sem o impacto necessário – comentarei na sequência. E, já no aquário e em busca de Abby, Ellie se vê frente a frente com dois membros do grupo da antagonista, Owen (Spencer Lord) e Mel (Ariela Barer), que está grávida. Meio que por acaso e sem querer, Ellie acaba atirando e matando os dois, forçando a uma cena muita tensa onde ela fica exposta à morte do bebê de Mel. A mais tensa do episódio.

O que ocasiona, também, o grande final da temporada. Abby invade o esconderijo de Ellie e companhia, mata Jesse e encurrala Tommy e Ellie. Após um momento de dúvida, somos transportados para o Dia Um em Seattle, agora na pele de Abby, que deve a protagonista da terceira temporada.

The Last Of Us deixou a desejar

É impressionante como The Last Of Us, as vezes, parece se complicar em situações simples. A chuva que cai durante todo o episódio, que poderia ser um grande fator, é apenas um detalhe, e três momentos de ação ocorrem sem qualquer ligação entre eles.

Importante destacar a falta de lógica da ilha dos Serafitas, quando Ellie é salva por conta do roteiro – pura e simplesmente. Nem as duas sequências finais conseguem impactar como deveriam, apesar de muito bem produzidas, caem na fragilidade das ações da protagonista.

The Last Of Us promete uma vingança e não a entrega (falaremos melhor na crítica completa da temporada) e agora terá um terceiro ano cheio de questionamentos e que precisará “se provar”. O hype passou e a série caiu na mediocridade.

Sobre o Autor

Leonardo Pereira
Leonardo Pereira
Jornalista, 26. Repórter no Folha do Mate, podcaster no Na Tabela e HTE Sports. Pitacos sobre cinema e cultura pop no Entre Sinopses.