Review | The Last Of Us 2×05 (Feel Her Love)

Review | The Last Of Us 2×05 (Feel Her Love)

Compartilhe nas redes!

The Last of Us tropeça nas próprias pernas, mas consegue alcançar seu objetivo. A segunda temporada da série mais esperada do ano está sendo garantia de emoções mistas para o público. Ao mesmo tempo em que as cenas impressionam pela tensão e qualidade técnica, decisões do roteiro e desenvolvimento de personagens deixam a desejar.

Este quinto episódio é a clara definição da montanha-russa em que a produção se atira por diversos momentos. Novamente, Ellie (Bella Ramsey) e Dina (Isabela Merced) são as protagonistas da viagem de vingança (ou road trip, como as vezes aparenta) em Seattle.

E, ainda por cima, com a liderança de Dina, que é bem melhor desenvolvida que Ellie e torna a verdadeira protagonista uma mera coadjuvante deste ambiente pós-apocalíptico.

Ainda que se repitam os diálogos bobos e mal encaixados, também se repetem as tensas cenas envolvendo as duas. Em especial o momento onde invadem um prédio abandonado, lotado de infectados inteligentes e, por um milésimo de segundo, não ‘ficam pelo caminho’. O milésimo de segundo se chama Jesse (Young Mazino) que aparece no momento perfeito para salvá-las.

Solução mágica

Sim, Deus Ex-Machina (quando uma ação ocorre sem qualquer lógica ou preparação do roteiro) na mais pura definição que, ainda que tenha uma pequena explicação, serve apenas para preencher uma lacuna mísera da trama. Mais uma vez, a tensão é atrapalhada pois o roteiro prefere uma solução miraculosa para resolver os problemas.

Agora, começa a correria. É tiroteio, infectado, floresta e cenários que parecem de sitcom, onde uma porta abre um ambiente totalmente diferente do anterior, em questão de metros. Claro, ao contrário do game, a série precisa de maior agilidade nas transições de cenários. Mas também, não precisa tudo parecer a Vila do Chaves.

Nem tudo é ruim em The Last Of Us

Ainda assim, voltamos aos elogios. A sequência com os Serafitas na floresta é angustiante e mostra o que esse mundo realmente deveria representar: medo. Ao avançar no ambiente, o grupo de Ellie, Dina e Jesse acaba se separando, após Dina sofrer uma flechada na perna. Ellie vai para um lado, para distrair o grupo dos Serafitas e os outros seguem em fuga.

Separados, ganhamos. É, parece estranho, mas é verdade. Em especial para a personagem de Bella Ramsey, que cresce na invasão ao Hospital de Seattle, onde encontra Nora (Tati Gabrielle), integrante do grupo de Abby (Kaitlyn Dever). Na perseguição, as duas acabam no segundo piso do local e nos deparamos, pela primeira vez, com os famosos esporos – recorrentes no game.

Esporos aparecem (finalmente)

Para dar mais veracidade à proliferação do cordyceps e ao apocalipse, os esporos são essenciais por serem a ameaça invisível e que não pode ser facilmente parada. Imune, Ellie consegue alcançar Nora, que, já próxima da morte, aproveita para contar toda a ‘historinha’ que levou a vingança de Abby contra Joel (Pedro Pascal). Expositivo? Talvez, porém essencial para a virada de Ellie, que na expressão entrega a sede pelo sangue de Abby.

O próximo episódio de The Last Of Us

Na última cena, um relance do próximo episódio, que será um flashback entre Ellie e Joel, do qual não estamos preparados emocionalmente. Tem tudo para ser o melhor episódio desta temporada e levar os fãs às lágrimas.

Sobre o Autor

Leonardo Pereira
Leonardo Pereira
Jornalista, 26. Repórter no Folha do Mate, podcaster no Na Tabela e HTE Sports. Pitacos sobre cinema e cultura pop no Entre Sinopses.