Review | The Last Of Us 2×04 (Day One)

O quarto episódio da segunda temporada de The Last Of Us é a tradicional expansão de mundo. Deixando momentaneamente a comunidade de Jackson de lado, seguimos Ellie (Bella Ramsey) e Dina (Isabela Merced) até Seattle na busca dos WLF, grupo de Abby (Kaitlyn Dever) e responsáveis pela morte de Joel (Pedro Pascal). Com a nova locação, são apresentados dois novos grupos, os próprios WLF e o Serafitas – além de relances da Fedra.
Confira a crítica do episódio anterior: The Last of Us 2×03 (The Path)
Este episódio tem como grande acerto a tensão e as angustiantes cenas de perseguição. Vulneráveis no contexto de uma horda de infectados e também com membros da WLF fortemente armados, Ellie e Dina precisam procurar opções para sobreviver. Neste momento ocorre uma das melhores cenas do episódio, emulando muito bem a claustrofobia do game. A tendência é que em uma cidade maior e sem proteção adequada, fatos como esse se repitam nos próximos episódios. É de se segurar no sofá.
Novos personagens
Mas a trama de The Last of Us não se restringe a dupla Ellie e Dina, e apresenta um novo personagem (um novo vilão): Isaac (Jeffrey Wright). Que já na primeira cena do episódio mostra a implacabilidade dele e o caráter questionável, ao mudar de lado, trocar a Fedra pelos WLF, e assassinar a sangue frio seus antigos companheiros.
Depois, na melhor sequência deste quarto capitulo, ele tortura um integrante dos Serafitas com panelas quentes. O objetivo é descobrir onde será o ataque deste grupo, que tem um veia mais religiosa e acredita na palavra da profetisa, que ainda deve ser mais aprofundada. Inclusive, expandir o universo é um acerto para esta temporada, afinal, aumenta a sensação de que o apocalipse é real. No cenário, Isaac deve ser uma espécie de vilão secundário, porém mais cruel e perigoso que Abby – o que pode fazer o público simpatizar com a algoz de Joel.
Ellie e Dina: agora vai?
Nem tão bem desenvolvida nos primeiros episódios da segunda temporada de The Last Of Us, a relação entre Ellie e Dina dá uma guinada agora. Além do núcleo focado nas duas, novidades são descobertas. A primeira é que, após ser mordida para salvar a companheira, Ellie precisa contar que é imune. A segunda é que Dina, neste instante, afirma que está gravida. E ocorre a primeira relação sexual das duas nas telas.
Antes disso, Ellie canta e toca violão para Dina, em uma cena belíssima e que faz o espectador marejar os olhos – assim como Dina. No final do episódio, em um diálogo pra lá de expositivo, as duas conversam sobre seus sentimentos e o futuro. Desenvolve melhor a relação, porém ainda parece faltar algo para realmente unir ambas.
Enquanto isso, ficam os questionamentos sobre a ‘mudança de chave’ de Ellie. A personagem pouco teve alterações de personalidade após a morte de Joel e a busca por vingança até agora não parece ter sentido e ela não aparenta ter essa sede pela caça à Abby. É curioso que, durante o episódio, Dina parece ser a protagonista, mais lucida e decidida durante os momentos de complicações.
Qualidade técnica de The Last Of Us
Como Seattle é um ambiente mais amplo e com possibilidades, a direção técnica da série tem um prato cheio para brilhar. São cenários que parecem retirados de quadros de tanto esmero técnico para entregar o mais alto nível. Também vale para os momentos claustrofóbicos, com excelente jogo de luzes, para mostrar a intensidade da situação.
Sobre o Autor

- Jornalista, 26. Repórter no Folha do Mate, podcaster no Na Tabela e HTE Sports. Pitacos sobre cinema e cultura pop no Entre Sinopses.
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