Review | The Last Of Us 2×03 (The Path)

Como esperado, após o caótico episódio dois da segunda temporada, o terceiro capítulo seria mais tranquilo e serviria para repercutir tudo que ocorreu anteriormente. E The Last of Us seguiu por esse caminho, mas bem diferente do que todos apostavam. Ainda que exista o luto, a série opta por avançar meses e, com isso, acaba reduzindo os impactos da morte de Joel (Pedro Pascal) e da invasão a Jackson, ao mesmo tempo em que acelera a trama.
Agora com todo o protagonista, Ellie (Bella Ramsey) ainda não passou pelas mudanças que desejávamos e continua com atitudes questionáveis. No entanto, ela é a responsável por organizar uma petição para o Conselho com o objetivo de levar um grupo para atacar Seattle, local onde estão os WLF – da qual Abby (Kaitlyen Dever) faz parte. A ideia surge após Dina (Isabela Merced) contar tudo que escutou sobre o grupo durante o ataque a Joel.
No entanto, o pedido não é aceito – oito votos a três – e Ellie fica renegada a organizar sozinha a perseguição. Com a ajuda de moradores (em especial aquele que foi preconceituoso no episódio de abertura) e Dina, Ellie consegue a fuga e se prepara para a viagem em busca de Abby. E assim, ainda no final do episódio, a dupla já chega em Seattle, sem grandes contratempos – exceto passar por um grupo de mortos com sinais estranhos. A cena final mostra o tamanho dos WLF e que a missão não será nada fácil.
Leia aqui os reviews da 2ª temporada de The Last of Us
Decisões questionáveis
A realidade é que o episódio três tomou decisões que irão desagradar boa parte dos fãs. A falta de um momento de luto e de raiva (renegado a pequenas cenas), de uma Ellie sem “sangue nos olhos” e de um Tommy praticamente inoperante, tiram o peso de um momento extremamente relevante para a trama. Afinal, dezenas de pessoas morreram e Joel também, mas parece que Jackson e os personagens pouco sentiram os efeitos.
Até é interessante a cena do Conselho, em que a maioria decide pela segurança de todos e não a vingança pelo que fizeram com o Joel. Faz sentido, estamos falando de uma comunidade e não apenas de cinco pessoas. Contudo, renegar com essa facilidade e não existir qualquer indignação, tanto por Ellie quanto por Tommy, beira o inacreditável. A nossa protagonista opta pelo caminho solitário e ganha Dina para a acompanhar.
The Last Of Us. E agora?
Contra um exército dos WLF e em uma cidade desconhecida, a dupla vai precisar se virar para sobreviver e ainda alcançar o grande objetivo: matar Abby. Me parece que os produtores perderam a oportunidade de desenvolver melhor o abalo emocional dos personagens e manter o apelo dos últimos acontecimentos em alta.
Do jeito que foi feito, apelando para a simplicidade, perde totalmente o impacto. De forma geral, episódio mais fraco da temporada de The Last of Us até o momento.
Sobre o Autor

- Jornalista, 26. Repórter no Folha do Mate, podcaster no Na Tabela e HTE Sports. Pitacos sobre cinema e cultura pop no Entre Sinopses.
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