Review | House of the Dragon (2ª temporada – episódio 5)
A sequência narrativa e episódica de House of the Dragon (Casa do Dragão) costuma seguir a mesma linha de Game of Thrones. Por conta disso, os fãs já esperavam que, após um capítulo bombástico como foi o quarto da segunda temporada, o próximo seria marcado pelas consequências destes atos. E foi exatamente isso que foi entregue, no entanto, ao contrário da prima de maior sucesso, HoTD esbarra em dificuldades para desenvolver diálogos naturais e que avancem a trama.
ESTE TEXTO CONTÉM SPOILERS DO QUINTO EPISÓDIO DA SEGUNDA TEMPORADA]
Novamente, a trama é dividida em três núcleos: os pretos, os verdes e Daemon (Matt Smith) em Harrenhal. Quero iniciar pelo arco que mais me incomoda no momento, o de Daemon. A premissa das visões, da variação de humor e também dos traumas do príncipe Targaryen é interessante, no entanto, já são três episódios com cenas praticamente repetidas e que pouco agregam ao personagem. Afinal, já entendemos que Daemon é traumatizado com a sua família e, por conta disso, toma atitudes discutíveis. Precisamos realmente de mais visões que mostram o mesmo cenário? – e olha que nesse episódio temos uma cena, no mínimo, traumatizante, que envolve Daemon e a falecida mãe, Alyssa.
Por outro lado, os dois conselhos, verde e preto, sofrem com as consequências da batalha em Pouso das Gralhas, que ocasionou a morte de Rhaenys (Eve Best) e o dragão Meleys, e deixou seriamente ferido o rei Aegon II (Tom Glynn-Carney). No lado Targaryen de Rhaenyra (Emma D’Arcy) segue as dúvidas da rainha sobre a própria capacidade de governar e com relação à aliança de Daemon. Em meio a isso, Jace (Harry Collett), consegue uma reunião com os Frey e uma aliança importante para os pretos, mostrando, pela primeira vez na série, o seu real valor. Assim como Baela (Bethany Antonia), que consegue convencer o avô Lorde Corlys (Steve Toussaint) a ser o Mão da rainha Rhaenyra. Avança a o reino no lado preto.
Mas o ponto alto do episódio foi a ascensão de um novo rei. Na verdade, um Regente, Aemond (Ewan Mitchell), irmão mais novo de Aegon, assume o comando verde enquanto o irmão está acamado, com queimaduras e fraturas pelo corpo. Aemond, o Caolho, se mostra novamente frio ao assumir a regência, mesmo que Alicent discorde e acredite ser uma decisão equivocada. O reinado do frio Aemond promete bagunçar ainda mais essa dança dos dragões.
No final, ainda somos premiados com a conversa entre Rhaenyra e Jace, que converge na decisão de procurar Targaryens bastardos para montar os dragões que ainda não tem montadores.
De forma geral, House of the Dragon tem dificuldades com diálogos e acaba sendo expositivos em alguns momentos – diversas vezes nesse episódio. Acredito que a trama avança, mas se arrasta de forma desnecessária em diversas situações. A temporada 2 de Casa do Dragão está se mostrando uma montanha-russa, que possivelmente acabará com um final explosivo.
House of the Dragon – 2×05 (Regent)
Showrunner: Ryan J. Condal
Direção: Clare Kilner
Elenco: Matt Smith, Emma D’Arcy, Olivia Cooke, Rhys Ifans e mais.
Duração: 1h.
Sobre o Autor
- Jornalista, 26. Repórter no Folha do Mate, podcaster no Na Tabela e HTE Sports. Pitacos sobre cinema e cultura pop no Entre Sinopses.
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