Review | House of the Dragon (2ª temporada – episódio 4)

A dança dos dragões está oficialmente iniciada. Após dois episódios preparatórios, com diálogos e ações que pouco avançavam a trama, House of the Dragon (A Casa do Dragão) entrega, neste quarto episódio o que prometeu desde a primeira temporada: batalha de dragões.

[ESTE TEXTO CONTÉM SPOILERS DO QUARTO EPISÓDIO DA SEGUNDA TEMPORADA]

O episódio tem dois núcleos bem definidos. De um lado, acompanhamos a preparação e os movimentos dos Pretos e dos Verdes, definindo as melhores ações para o campo de batalha. Liderado por Sir Criston Cole (Fabien Frankel) e Aemond (Ewan Mitchell), os Verdes organizam o ataque à Pouso das Gralhas. Enquanto isso, Rhaenyra e o conselho projetam a melhor forma de reagir e mandam um dragão para o castelo, Maelys e Rhaenys (Eve Best). No entanto, a armadilha de Cole e Aemond aguardava um dragão e tinha Vhagar como solução do problema.

Em um outro núcleo, seguimos as alucinações de Daemon (Matt Smith) na fortaleza de Harrenhal. Novamente, ele tem visões que, possivelmente, vão se tornar realidade em um futuro próximo, mas também mostra os traumas do passado do príncipe Targaryen. Aqui, pelo segundo episódio seguido, vemos Milly Alcock interpretando a jovem Rhaenyra, que tem um destino cruel.

Voltando para o núcleo principal, chegamos ao grande momento do episódio. A batalha do Pouso das Gralhas é memorável, como Game of Thrones fez em tantos momentos, só que a ação está voltada, dessa vez, para os céus. Cansado de aguardar as ações de Cole e Aemond, o rei Verde Aegon II (Tom Glynn-Carney) resolve, após algumas garrafas, pegar o seu dragão, Sunfyre, e partir para a batalha. Surpreendendo Cole e Aemond e destruindo o plano, ele entra na briga direta contra Maelys e Rhaenys. Inexperiente, Sunfyre começa a ser derrotado, até que Aemond e Vhagar entram na disputa e, impiedoso, Aemond ataca Maelys e Sunfyre, levando o jovem dragão e o rei Aegon ao chão.

Maelys retorna para a briga, mas acaba sendo mortalmente ferida pela colossal Vhagar. Junto de Maelys, a rainha vermelha Rhaenys, também acaba morrendo. Momento onde vemos, pela primeira vez nesse universo, uma batalha nítida e bem desenvolvida com dragões e com a morte de personagens relevantes para a trama. Afinal, o que sempre foi dito é que esse universo não perdoa ninguém e a grande Rhaenys foi a primeira peça do tabuleiro da dança dos dragões.

O episódio, muito bem dirigido, eleva a tensão aos poucos e consegue, com muita qualidade, mostrar o impacto dos dragões no campo de batalha. O final deixa em aberto a saúde de Aegon, que aparece no chão, sendo protegido por Sunfyre, que também respira. Ainda, Aemond confirmaria toda a sua raiva, empunhando a espada que iria matar o rei, até a chegada de Cole, que o impede.

Os próximos episódios prometem ações ainda mais firmes de ambos os lados. Resta saber, como e quem será o responsável por ‘bater de frente’ com a experiente e colossal Vhagar, que ao lado de Aemond ainda causará estragos nessa guerra.