Review | House of The Dragon (2ª temporada – episódio 3)

[ESTE TEXTO CONTÉM SPOILERS DO SEGUNDO EPISÓDIO DA SEGUNDA TEMPORADA]

Após dois episódios empolgantes, o segundo ano de House of The Dragon (A Casa do Dragão) tem seu primeiro momento monótono. O terceiro capítulo relembra momentos decepcionantes das últimas temporadas de Game of Thrones, quando a trama era enrolada para uma preparação infinita para a guerra. Ainda é cedo para tomar decisões precipitadas, mas é nítido que o episódio deixa a desejar em diversos quesitos.

O primeiro deles é o desenvolvimento de Rhaenyra (Emma D’Arcy). Fica nítido que a rainha não busca a guerra, mas as decisões neste capítulo beiram a insanidade. Ao optar por se infiltrar em Porto Real, com o objetivo de convencer Alicent (Olivia Cooke) a não dar prosseguimento na batalha, a rainha Targaryen se mostra inocente e sem leitura do cenário política. Ainda assim, é neste momento que vemos a grande cena do episódio – que também é o seu final -, com a ‘descoberta’ por parte de Alicent de que o rei Viserys contou, no leito de morte, a Canção de Gelo e Fogo e falava sobre Aegon, o Conquistador, e não Aegon II, seu filho. O fato não mudou a percepção da rainha verde.

Em meio a isso, acompanhamos Daemon (Matt Smith) em Harrenhal. O príncipe acaba tendo visões com a versão jovem de Rhaenyra e, também, com a sua morte. Uma cena bem desenvolvida e que mostra, além de tudo, as fragilidades de Daemon. Também é mostrado que a rivalidade entre Aegon (Tom Glynn-Carney) e Aemond (Ewan Mitchell) ainda existe, embate que deve ganhar maiores contornos nos próximos episódios.

De forma geral, esse episódio é uma clara demonstração de tramas que parecem importantes e preparatórias para a grande guerra que se avizinha, mas que são apenas pretextos para alongar a espera. No entanto, ainda que não traga novidades, fica nítido que a batalha está próxima e devemos ter desdobramentos já na semana que vem.