Quais as diferenças entre reboot, remake e retcon? Entenda

Em uma época de exaltação à nostalgia, os termos reboot, remake e retcon estão cada vez mais comuns de se ouvir, mas muitas vezes acabam gerando confusão entre os fãs. Esses conceitos representam abordagens diferentes na reimaginação ou modificação de histórias já conhecidas, e compreender suas diferenças pode te ajudar a apreciar melhor os filmes e séries que fazem uso dessas práticas. Aqui, vamos explorar o que cada um desses termos significa, como eles se diferenciam e como você pode identificá-los em suas franquias favoritas.

O que é um remake?

Um remake é, basicamente, uma nova versão de um filme ou série que já existe. A essência da história e dos personagens se mantém, mas a produção é modernizada, seja através de novas tecnologias, novos atores, ou mesmo de uma atualização de seu contexto cultural. Os remakes são comuns em Hollywood, onde a nostalgia e o reconhecimento de marca são valiosos.

Por exemplo, o filme O Rei Leão (2019) é um remake do clássico animado de 1994. A história permanece a mesma, com os mesmos personagens e enredo, mas a animação 2D original foi substituída por um estilo de animação digital hiper-realista. Embora a essência seja a mesma, a apresentação visual e alguns detalhes foram ajustados para atrair uma nova geração de espectadores.

Dica: Se você perceber que está assistindo a uma história familiar, mas com novos atores e uma produção atualizada, você provavelmente está diante de um remake.

O que é um reboot?

Um reboot é diferente de um remake porque não apenas reconta uma história existente, mas reinicia toda a franquia, redefinindo seus parâmetros. Um reboot pode manter o conceito central, mas alterar significativamente a história, personagens, e até mesmo o tom da narrativa, ignorando todos os eventos das versões anteriores. Isso permite que os criadores levem a franquia em novas direções, sem estarem amarrados à continuidade estabelecida.

Um exemplo notável é Batman Begins (2005), que reiniciou a franquia do Batman após a série de filmes dos anos 90. Enquanto os filmes anteriores tinham um tom mais exagerado e teatral, Batman Begins trouxe uma abordagem mais sombria e realista, redefinindo o personagem para uma nova geração.

Dica: Se a obra que você está assistindo parece “recomeçar” a história de um universo conhecido, muitas vezes ignorando versões anteriores, você provavelmente está assistindo um reboot.

O que é um retcon?

Retcon, ou retroactive continuity, é uma técnica onde detalhes da história original são alterados ou adicionados para modificar a continuidade sem a necessidade de recomeçar do zero. Um retcon pode mudar a percepção de eventos passados, introduzindo novos fatos ou reinterpretando eventos já conhecidos. Isso é feito para acomodar novas narrativas ou corrigir inconsistências.

Um exemplo clássico de retcon é visto em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014), que reescreve eventos dos filmes anteriores da franquia X-Men, alterando o futuro e, consequentemente, toda a linha do tempo da franquia. Esse filme permitiu que os criadores corrigissem erros de continuidade e abrissem novas possibilidades para o futuro da franquia.

Dica: Se você perceber que a história revisita eventos passados e altera a forma como eles são percebidos, adicionando novos elementos ou reinterpretando o que já foi mostrado, o que você está assistindo é um retcon.

Mais exemplos práticos em filmes e séries

Aqui estão alguns exemplos práticos para ajudar a ilustrar cada conceito:

Remake: Psicose (1998), dirigido por Gus Van Sant, é um remake quase quadro a quadro do clássico de Alfred Hitchcock de 1960. Outro exemplo é “O Rei Leão” (2019), que reconta a mesma história do filme de 1994 com uma nova técnica de animação.

Reboot: Jumanji: Welcome to the Jungle (2017) é um reboot do filme de 1995. Embora mantenha a premissa básica de um jogo mágico, ele redefine completamente o tom e o estilo, adaptando-se ao público moderno.

Retcon: A série Doctor Who é famosa por seus retcons, onde o passado do protagonista é frequentemente revisitado e alterado para encaixar novas revelações.

Compreender as diferenças entre remake, reboot e retcon pode enriquecer sua experiência como espectador, permitindo que você reconheça as intenções dos criadores por trás das reimaginações de suas histórias favoritas. Seja um remake nostálgico, um reboot ousado ou um retcon inteligente, cada uma dessas práticas oferece uma nova perspectiva sobre narrativas já conhecidas. E você, tem algum exemplo favorito de remake, reboot ou retcon? Compartilhe nos comentários!

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Sobre o Autor

Luane Mota

Baiana, 22 anos, estudante de Cinema e Audiovisual. Apaixonada por animações e videogame. Amo falar e escrever sobre meus filmes, séries e livros favoritos.