O Urso do Pó Branco – Crítica

O Urso do Pó Branco – Crítica

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O Urso do Pó Branco é uma loucura bizarra. Desde a sua premissa, que fica ainda mais alucinante ao se tratar de uma trama INSPIRADA (e não correspondente de forma fiel aos fatos) em um acontecimento real, até a realização por meio da diretora Elizabeth Banks, mais conhecida por seus trabalhos como atriz.

Em seus pouco menos de 90 minutos de duração, o filme transita entre gêneros sem se dedicar de verdade a quaisquer um deles. A comédia trágica se sobressai. A graça não está em piadas, mas sim nas situações inacreditáveis que os personagens se submetem ao ter que lidar com um urso que está viciado em drogas.

O roteiro é furado e a pior parte do filme. Existiam diversos caminhos a tomar, mas simplesmente nenhum deles é feito realmente. Fica aquela sensação de quase, de bola que bate na trave. Potencial há, e acredito que se o filme fizer uma boa bilheteria, uma franquia com filmes cada vez mais trash com o urso chapado vão acontecer.

A ideia de colocar um animal descontrolado é interessante e dá um motivo aos ataques do bicho, algo que geralmente não é abordado em filmes que se tem um animal assassino como vilão. Mas, talvez, a escolha seria mais inteligente em se apostar na tensão e suspense. O caminho escolhido aqui foi a comédia pastelão.

Os persongens são idiotizados do começo ao fim. Aqueles que aparentam ser mais sérios, logo entram no mesmo ritmo do geral do filme ao serem introduzidos na trama principal. Ainda há espaço para crianças no intuito de amenizar o que poderia ser mais pesado na trama, o que rende boas piadas, mas tira qualquer noção de real perigo, reviravoltas envolvendo a polícia, uma busca por redenção e vários clichês.

O Urso do Pó Branco não tem seriedade para virar um clássico do terror e não é engraçado de forma orgânica o suficiente para ser uma comédia que será lembrada. É, no entanto, um filme que assim como o seu protagonista está sem qualquer noção do que quer. Se o foco fosse 100% no urso, a trama seria até mesmo mais atraente.

No streaming, para assistir em uma tarde de reunião com os amigos, pode ser uma boa sim. Para o cinema, falta muito. Dei risadas pelas bizarras situações que acontecem, mas não sei se quero revisitar a história.

Sobre o Autor

Heider Mota
Heider Mota
Baiano, 28 anos, jornalista. Gosto de dar meus pitacos sobre filmes e séries por aqui.

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