Homem Formiga e a Vespa: Quantumania – Crítica

Homem Formiga e a Vespa: Quantumania – Crítica

Compartilhe nas redes!

A controversa Fase 4 do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) foi finalizada com Pantera Negra: Wakanda Para Sempre e a Fase 5 inicia com Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, com a promessa de colocar novamente o universo nos trilhos e apresentar o grande vilão da Saga do Multiverso. E, realmente, a produção é uma retomada a ‘velha Marvel’, alvo de elogios e críticas, mas que entregava, na mesma medida, diversão e conteúdos genéricos.

Quantumania começa com Scott Lang (Paul Rudd) buscando seu lugar no mundo após os eventos de Vingadores: Ultimato. Com isso, o Homem-Formiga de Lang é deixado um pouco de lado para focar em sua relação com a filha Cassie e com a família, principalmente para recuperar o tempo perdido após o blip de Thanos. Após um experimento mal sucedido de Cassie, todos os ‘formigas’ vão parar no Reino Quântico, dando o pontapé inicial para o longa.

A premissa proposta pelo diretor Peyton Reed (responsável pelos demais filmes da trilogia) tem como claro objetivo aprofundar o Reino Quântico e mostrar que, nesse minúsculo universo, também existem civilizações e formas de vida. Desta forma, somos jogados em um mundo que tem pitadas de espaço sideral misturado e visualizações dignas de um microscópio. Apesar das falhas na Fase 4, aqui os efeitos visuais não são problema, ainda que tire a imersão pela falta de conexão visual com elementos reais, deixando todos os cenários artificiais.

Engana-se quem pensa que o filme destaca apenas no vilão Kang de Jonathan Majors ou a Família Lang. Nesse universo, são apresentadas diversas civilizações e culturas, o que lembra as aventuras de Star Wars (até pelo visual, que remete a trilogia prequel do início dos anos 2000 – inclusive pelos efeitos). Ainda que deixe a sensação de pouca expansão e aprofundamento, como se esse universo magnifico tivesse pouquíssimos núcleos.

No entanto, vamos ao que importa. Quantumania é o retorno da Marvel genérica e divertida. A saga do Formiga sempre teve esse caráter de Sessão da Tarde e que busca apresentar algum conceito relevante para o futuro. É exatamente o que temos aqui. Consequências? Praticamente nenhuma. Ainda assim, conhecemos mais a fundo Kang (apesar dos pesares), e também do Reino Quântico e das linhas temporais. Ao mesmo tempo, é entregue uma aventura leve e familiar, com o humor característico do MCU.

Em termos de atuação, o destaque vai para Jonathan Majors que dá sinais de um vilão com ares mais inteligente, perspicaz, manipulador e perigoso, em comparação até com Thanos. Além dele, Paul Rudd segue carismático e tem o talento para carregar o longa, enquanto que Kathryn Newton como Cassie Lang é apenas ok, com tempo de tela, mas sendo mal aproveitado. O restante do elenco é escanteado e pouco agrega, sendo funcional apenas em momentos específicos da trama.

O ponto mais baixo do filme é a falta de coragem e a própria enganação criada para o público com o grande vilão (ou será que não?) dessa nova fase. A produção prefere o básico do que apostar ou reinventar, como aconteceu na etapa anterior. De forma geral, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania é o retorno da Marvel da Fase 2 do MCU, genérica e divertida. Um filme que entrega o que promete e visa o futuro como ponto central.

Para quem criticou, a Casa das Ideias volta a unificar o seu universo em uma linha (ou várias?). Agora, é esperar o que Kang nos entregará para o futuro.

Sobre o Autor

Leonardo Pereira
Leonardo Pereira
Jornalista, 26. Repórter no Folha do Mate, podcaster no Na Tabela e HTE Sports. Pitacos sobre cinema e cultura pop no Entre Sinopses.

2 comentários sobre “Homem Formiga e a Vespa: Quantumania – Crítica

  1. Bom texto. Quando vc vai assistir assumindo que o filme é ruim vc acaba se divertindo. Tb senti vibe star wars mas faltou vc falar que é uma Ode ao socialismo. Do jeito mais mambembe. Adorei.

    Até o modok. Quando vc entende que cada uma das 1000 vezes que ele tira a máscara, é a piada, a coisa vira. E a cafonice ganha graça.

    Muito bom texto. Parabéns. Espero poder ter contribuído

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *