Loki (2ª temporada) – Crítica

Loki (2ª temporada) – Crítica

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Dentre os pilares originais do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), apenas um deles ainda está, rotineiramente, nas telonas e telinhas após 15 anos de universo. Ele não é um dos Vingadores (ainda que já tenha sido parte da equipe) e sim um dos vilões mais famosos dessa grande saga: Loki. Agora, bem longe da faceta vilanesca na qual fomos apresentados, o ‘herói’ Loki retorna para nos presentear com a melhor temporada de uma produção Marvel no Disney+.

O segundo ano de Loki pode até avançar pouco a trama e, para muitos, andar em círculos sem saber onde quer chegar. Mas eu discordo, a temporada é marcada pelo fechamento do melhor arco narrativo do MCU, é a finalização da jornada de autoconhecimento do personagem mais complexo e com tons de cinza desse universo. Você pode preferir o Loki vilão, que era uma ameaça aos Vingadores, mas é inegável que o arco do personagem faz total sentido e a forma como é finalizado, beira a perfeição.

O objetivo, para mim, ficou claro do primeiro ao último minuto, que não é desenvolver o Kang e as diferentes realidades temporais, e sim nos premiar com o amadurecimento do Loki, na atuação magistral de Tom Hiddleston, aprendendo a viver sozinho, não por que ninguém o quer, e sim por ser a decisão mais correta. Demorou 14 anos, mas Loki encontrou o seu glorioso propósito.

Podemos também elogiar as honestas homenagens apresentadas. Além do excelente design de produção, seja na variação entre as diversas linhas temporais ou na escolha criativa da forma de apresentar o tear temporal e suas diversas realidades. E, sem esquecer do elenco de apoio, encabeçado por Ke Huy Quan e Owen Wilson, que dão aulas de carisma e sintonia em tela, o que colabora, também, para tornar a trama mais intimista e sincera.

Claro, a segunda temporada de Loki sofre com os problemas comuns do MCU após Vingadores: Ultimato, que vão desde a falta de impacto real para o universo até o confuso ritmo narrativo. Novamente, não sabemos como o final será aproveitado no restante do universo e nem quando o Kang, Aquele que Permanece, ou Victor Timely retornarão. Mas isso é apenas um detalhe, pois é necessário apreciar Loki como uma produção única e especial dentro desse enlatado e repetitivo MCU.

Ainda que tenha defeitos, é fácil apontar que Loki se tornou a melhor produção da Marvel desde Ultimato. Um respiro, em meio a tantas decepções. Esperamos que se torne rotina, já que o sentimento de assistir a algo que nos lembra as primeiras três fases da Marvel é prazeroso e merece ser repetido.

Sobre o Autor

Leonardo Pereira
Leonardo Pereira
Jornalista, 24. Repórter no Folha do Mate, podcaster no Na Tabela e HTE Sports. Pitacos sobre cinema e cultura pop no Entre Sinopses.

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