Jogos que envelheceram bem (e outros que não)

O mundo dos jogos está sempre em evolução — novos gráficos, tecnologias, mecânicas e estilos surgem a todo momento. Mesmo assim, alguns jogos conseguem manter seu brilho mesmo décadas depois de seu lançamento, enquanto outros acabam mostrando suas limitações com o passar dos anos. Por que isso acontece?
Alguns fatores contribuem para que um jogo envelheça bem: uma jogabilidade sólida, uma direção de arte que não depende apenas do realismo gráfico, um design de fases inteligente e uma narrativa envolvente. Já outros títulos, por mais inovadores que tenham sido em sua época, podem se tornar difíceis de jogar hoje em dia. Aqui, listamos 5 jogos que envelheceram com elegância — e outros que já não tiveram a mesma sorte.
The Legend of Zelda: A Link to the Past (1991)
Mesmo com mais de três décadas de vida, A Link to the Past ainda é considerado um dos maiores jogos da história. Lançado para o Super Nintendo, ele prova como o visual em pixel art pode ser atemporal. A estética charmosa continua agradável aos olhos, especialmente quando comparada a gráficos 3D da mesma época que envelheceram mal.
Mas não é só beleza: sua jogabilidade é fluida, com combates dinâmicos e um mundo que incentiva a exploração. O design das dungeons é criativo, e os quebra-cabeças ainda exigem raciocínio. Tudo isso torna o jogo tão divertido hoje quanto foi no passado.
Half-Life 2 (2004)
Lançado no início dos anos 2000, Half-Life 2 foi revolucionário por trazer física realista aos jogos de tiro em primeira pessoa. A Gravity Gun ainda é uma das armas mais icônicas dos games, e muitos títulos posteriores se inspiraram nela.
Mesmo após tantos anos, o jogo segue imersivo. A ambientação, a narrativa contada de forma indireta e os diálogos criam uma experiência envolvente. Além disso, o suporte da comunidade, com mods e atualizações gráficas, mantém o título vivo e atual para novos jogadores.
Super Mario World (1990)
Clássico dos clássicos, Super Mario World é um verdadeiro exemplo de design de jogo bem executado. Seus controles são extremamente precisos, o que faz com que a experiência de jogar seja sempre prazerosa — seja para iniciantes ou veteranos.
O visual colorido em pixel art e a trilha sonora cativante garantem charme mesmo décadas depois. O mundo expansivo, cheio de segredos e rotas alternativas, incentiva a rejogabilidade e mantém o jogo relevante mesmo em tempos de gráficos ultra-realistas.
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Portal (2007)
A Valve acertou em cheio com Portal, um jogo que envelheceu com classe. Seu visual minimalista não sofre com a passagem do tempo, e os quebra-cabeças baseados em portais continuam geniais. Nada parece datado — ao contrário, tudo ainda é fresco e inteligente.
A narrativa é conduzida com humor ácido e carisma pela inteligência artificial GLaDOS, que virou um ícone dos games. A combinação de originalidade, mecânica refinada e narrativa memorável faz de Portal um jogo que ainda conquista jogadores.
Resident Evil 4 (2005)
Quando foi lançado, Resident Evil 4 mudou a forma como os jogos de ação em terceira pessoa eram feitos. A câmera sobre o ombro e a mecânica de mira influenciaram inúmeros títulos posteriores. E o melhor: essa fórmula ainda funciona.
Apesar de ter gráficos da era do PlayStation 2, a ambientação sombria e o ritmo de jogo continuam impactantes. O equilíbrio entre ação e tensão funciona tão bem hoje quanto funcionava no lançamento, e é por isso que Resident Evil 4 continua sendo relançado e celebrado.
Jogos que não envelheceram tão bem
Nem todo clássico mantém seu brilho. Alguns títulos foram importantíssimos em sua época, mas atualmente são difíceis de jogar, seja por problemas nos controles, gráficos datados ou mecânicas ultrapassadas.
GoldenEye 007 (1997)
GoldenEye 007 foi revolucionário no Nintendo 64, especialmente no modo multiplayer. Mas hoje, seus controles são difíceis de encarar, especialmente para quem se acostumou com shooters modernos. A falta de dual stick, a mira travada e os visuais borrados tornam a experiência frustrante para novos jogadores.

Tomb Raider (1996)
A estreia de Lara Croft marcou época, mas a movimentação rígida e os controles “tanque” tornam a jogabilidade pouco intuitiva hoje. O visual, embora icônico, é formado por polígonos simples e ângulos de câmera complicados, o que dificulta a imersão para jogadores atuais.

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Driver (1999)
Driver tinha uma proposta interessante, misturando corrida e missões em uma cidade aberta, algo inovador na época. No entanto, a física ultrapassada, os controles inconsistentes e a notória missão de tutorial no estacionamento tornaram a experiência frustrante. Com tantos jogos do gênero aprimorados hoje, é difícil voltar a ele sem se decepcionar.

E para você? Quais jogos continuam incríveis mesmo depois de tanto tempo — e quais você tentou revisitar, mas achou difícil?
Sobre o Autor

- Baiana, 22 anos, estudante de Cinema e Audiovisual. Apaixonada por animações e videogame. Amo falar e escrever sobre meus filmes, séries e livros favoritos.
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