Homem-Aranha: Através do Aranhaverso – Crítica

Homem-Aranha: Através do Aranhaverso – Crítica

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Quando Homem-Aranha no Aranhaverso foi lançado, a surpresa foi geral. Não apenas por ser uma produção da Sony, que há muito tempo não acertava tanto assim em um filme do Cabeça de Teia, mas pelas inovações técnicas e pelo apuro do trabalho feito. Resultado? Oscar de melhor animação em 2019 e uma montanha de elogios feitas pela crítica e pelo público.

A missão para a sequência era muito mais complicada. Se o primeiro foi surpreendente por vir de uma expectativa quase zero, o segundo carregava os triunfos do primeiro e agora uma expectativa gigantesca de todos em relação ao que seria feito: replicar a fórmula que já funcionou? Tentar ousar e passar do ponto? Ou ir além e obter mais um êxito? E sim, meus amigos, eles conseguiram de novo!

Homem-Aranha: Através do Aranhaverso é um acerto gigantesco da Sony Pictures Animation. O filme acompanha Miles Morales cerca de um ano e oito meses após o novo Homem-Aranha surgir na cidade de Nova York. Miles agora já identificado com a cidade, tem uma boa relação com a polícia e combate o crime enquanto divide suas atenções com os estudos.

Quando um novo vilão surge e Gwen Stacy retorna, Miles precisará viajar pelo multiverso e lidar com a Sociedade Aranha. E essa viagem não vai mudar apenas o seu próprio destino, como de todas as realidades.

A história aqui é muito mais grandiosa que a do primeiro filme. Se antes vimos como personagens de outras realidades encaravam o mundo de Miles, agora é Miles quem encara esses outros mundos. E, com isso, as técnicas de animação que já surpreendiam, conseguem ser ainda mais apuradas. Preste atenção no funcionamento da Terra em que Gwen Stacy vive, por exemplo. É parar aplaudir de pé o que foi feito aqui.

A inserção da Sociedade Aranha e suas milhares de variantes poderia passar como um simples emaranhado de referências e easter eggs vazios, mas não é bem assim. Além de acenos a todas as fases do Teioso, dos quadrinhos aos jogos eletrônicos (e outras coisas mais), é um deleite aos olhos ver tantos personagens diferentes, muitas vezes animados de formas diferentes, reunidos em um mesmo lugar.

Miguel O’Hara, o Homem-Aranha 2099, não é um vilão, mas um antagonista à Miles. Ele pensa e age de forma totalmente diferente do herói da história. Enquanto O’Hara acredita que a Teia da Vida e do Destino já está traçada, Morales quer ter o controle sobre o seu próprio destino. E é isso que faz, mesmo com tanta gente em tela e tantas histórias contadas, o filme ainda ser essencialmente sobre Miles Morales. Que personagem, que protagonista!

A trilha sonora está ótima, mas achei um pouco menos marcante que a do primeiro filme. O roteiro é maravilhoso e nada fica ao acaso. Inclusive, a história aqui nos faz revisitar o filme anterior e olhar com atenção diferente a alguns detalhes. Fica a dica.

O final, sem conclusão, pode ser controverso. Como já esperava algo assim, não me incomodou. Mas vejo que a maior reclamação a respeito do filme é sobre o seu desfecho que fica em aberto. Aí vai da compreensão de cada um. De qualquer forma, em março de 2024 teremos as respostas.

Homem-Aranha: Através do Aranhaverso é um filme incrível. E não só por trazer diversos Aranhas às telas, mas por acima de tudo não perder a sua essência e identidade. É lindo tecnicamente, é divertido e emocionante. Se você gosta desse universo de super-heróis, com certeza é um filme imperdível.

Clique aqui para o vídeo com spoilers!

Sobre o Autor

Heider Mota
Heider Mota
Baiano, 28 anos, jornalista. Gosto de dar meus pitacos sobre filmes e séries por aqui.

2 comentários sobre “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso – Crítica

  1. que obra-prima! há tempos não ficava tão impressionada com a qualidade técnica de uma animação. tudo nesse é maravilhoso, ansiosa pro próximo filme!!

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