Gilmore Girls: sucesso progressivo totalmente ‘comfort mood’

Gilmore Girls: sucesso progressivo totalmente ‘comfort mood’

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Gilmore Girls é uma série do início dos anos 2000 que possui toda uma estética comum a época, além disso entrega uma trama literalmente familiar: gerações de mães e filhas aprendendo a lidar com seus conflitos.

Atualmente está disponível na Netflix e recentemente teve uma continuação chamada Gilmore Girls: um ano para recordar. A plataforma registrou 500 milhões de horas de visualização para a série de janeiro a junho do ano passado. De forma intimista, a série tem seu crescimento de forma diferente.

Não se pode cravar um grande motivo que revela o sucesso progressivo da série ao longo anos. Mas é possível mencionar os diversos pontos que levam Gilmore Girls conquistar novos fãs a cada ano, sem contar com a própria fanbase que se formou desde 2004 (primeiro ano da produção).

Gilmore Girls

Hora de mencionar um grande sucesso, que mesmo que não pareça, tem muito a ver com Gilmore: Friends. Os amigos preferidos de todo mundo se tornaram tão familiares, que por isso é a série conforto de tantas pessoas.

O movimento com Gilmore Girls é o mesmo. O quentinho no coração ao ouvir a música de abertura, aliado a uma trama tão familiar conquista facilmente. E então você se vê entregue aquela história como se fizesse parte daquilo tudo, como se realmente fosse uma Gilmore.

E se não fosse uma das “meninas”, seria um dos romances delas ou sonharia em ter um casamento tão lindo como da geração mais antiga dos Gilmore ou então ir até a cafeteria de Luke (que mais tarde se tornaria parte da familia também).

Gilmore Girls: Tal mãe, tal filha

No Brasil, quando o nome das produções não são traduzidos, eles ganham um subtítulo. Nesse caso foi Tal mãe, tal filha. A princípio parece demais, já que a série possui um título tão simples e que entrega o suficiente. Mas ao mergulhar em Star Hollow essa frase faz muito sentido.

Pessoalmente a trama principal me diz muito: uma mãe tão parecida com a filha, mas tão distante ao mesmo tempo e uma outra mãe tão diferente da filha e tão próxima ao mesmo tempo. Mesmo tendo uma realidade bem distante da ficção, quantas vezes me vi comparando com aqueles relacionamentos? Com tantos outros fãs não deve ter sido difícil. Acredite, isso aproxima muito um espectador de uma obra.

Lorelai, vivida por Lauren Graham, tem uma relação complicadíssima com a mãe, Emily, interpretada por Kelly Bishop. Por outro lado, Alexis Bledel, que dá a vida para Rory, tem uma relação ótima com a mãe Lorelai, que por sua vez que esforça para não repetir os erros que teve/têm com a mãe.

Quantas vidas não são assim? O trio vó, mãe e filha une gerações diferentes, com realidades distantes, mas com muitos pontos em comum. Além da minha vó, minha mãe e eu, posso lembrar de tantos outros trios que em diversoso momentos Gilmore Girls se fez parecer.

Gilmore Gilrs está longe da perfeição

Assim como a vida real, a série também seus inúmeros problemas, afinal, as personagens são cheias de defeitos. Por mais que Lorelai diga que Rory é perfeita ou qualquer pessoa se encante por Lorelai e ache apaixonante, é possível contar nos dedos os epsódios em que uma das duas não teve atitudes irritantes ou questionáveis. Isso sem contar com tantos erros de Emily.

Não podemos deixar de lembrar das falhas masculinas também, embora sejam meros coadjuvantes na história das Gilmores, Luke Danes, vivido por Scott Patterson, e Richard Gilmore, interpretado por Edward Herrmann tiveram grandiosos momentos problemáticos.

Luke foi covarde por tantas temporadas ignorando e subjulgando os próprios sentimentos. Mas tudo bem, faz parte do charme da história, né? Quando ele tem Lorelai e tudo parece perfeito, ele simplemente ignora tudo que passou e deixa a mulher de sua vida longe da descoberta de ser pai.

Já Richard dificilmente defendia Emily das más palavras e ações de sua mãe (uma verdadeira sogra insuportável). E para melhorar, ele manteve por longos anos encontros com uma ex-namorada. Por mais amigável que fosse a relação, por mais inocente que se mantivessem as conversas, foi um verdadeiro golpe para a esposa saber dessa amizade com sua maior rival.

As Gilmore Girls nunca foram fáceis

Mas voltando as mulheres, como poderiam ser mais irritantes? Lorelai sempre agiu como se tudo que ela viveu de difícil tivesse sido uma necessidade sem escolhas, quando ela poderia ter tido dias muito melhores se não tivesse fugido de casa.

Rory por sua vez, sempre foi muito mimada. A menina perfeita que na verdade sempre foi muito falha (pois esse é o natural da vida).

E Emily… por mais que Lorelai desse motivos para exigir uma mãe rígida, chata e inflexível, Emily sempre exigiu que Lorelai fosse tudo que foi e fizesse tudo que fez.

No final das contas, elas se completam. Tal mãe, tal filha.

Verdades difíceis de engolir

Para fechar, queria estabelecer alguns pontos que vez ou outra vejo discussões. Voltando a Friends, é algo como “traiu ou não traiu” ou “eles estavam dando um tempo. Vamos lá?

  • Rory traiu todos os namorados: Dean com Jess, Logan com Jess e o namorado de “Um Ano Para Recordar” nem se fala (traia ele com Logan, enquanto o bonito estava noivo);
  • Ainda em Rory, a perfeita Gilmore foi amante duas vezes: de Dean enquanto ele estava casado e de Logan quando ele estava noivo.
  • Lorelai não traiu Luke. Muitos fãs se dizem decepcionados quando veem a troca que ela faz: briga com Luke, dá um ultimato, ele não aceita e ela corre para os braços do eterno ex. O que ela fez não foi legal, mas estava claro que não havia mais relacionamento ali.
  • Richard não traiu Emily. Ele também não foi nada legal mantendo encontros fixos com Pennilyn Lot, porém era só amizade.

Você discorda? Diz aqui nos comentários, compartilha o texto dizendo a sua opinião! Mas apesar dessa nossa divergência, certamente gostamos muito dessa série com todas cara e estética dos anos 2000. Tantos erros, tantos acertos, muito drama e algumas conquistas. As sete temporadas da série mostra uma família comum, em cidades comuns, com problemas e alegrias assim como todos tem. Deve ser por isso que quem assiste se sente tão confortável. É literalmente familiar.

Sobre o Autor

Ana Cláudia Oliveira
Jornalista de formação, sou redatora há 10 anos. Já escrevi de tudo um pouco e agora estou mergulhando no universo do entretenimento. Há muito o que se descobrir por aí e é através da comunicação que quero fazer isso: this is the way!

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