Gibi é uma palavra racista? Entenda a origem desse termo

O termo gibi é reconhecido no Brasil como sinônimo de história em quadrinhos. Muito além de ser uma simples nomenclatura, esse termo carrega uma rica história, mas que tem uma origem polêmica. Nos últimos tempos, vem crescendo a discussão sobre a origem de certas palavras. Por isso, é importante entender a origem do termo gibi e saber se ele carrega algum tipo de conotação preconceituosa. Vamos lá?

De onde surgiu esse nome?

No final da década de 1930, a editora O Globo lançava uma revista em quadrinhos que se chamava Gibi. Com o passar dos anos, a revistinha foi se estabelecendo e se tornando cada vez mais popular em nosso país. Em todas as suas edições, o mascote que vinha estampado na capa era de uma ilustração estereotipada e preconceituosa de um garotinho negro. Esse mascote era conhecido como Gibi, que dava nome à revista.

Gibi é uma palavra racista?

Embora a palavra gibi tenha evoluído com o tempo e hoje não carregue mais conotações racistas, sua origem é marcada por um significado profundamente negativo. Originalmente, gibi era um termo usado para descrever pessoas negras de maneira depreciativa. Segundo o dicionário Lello Universal, publicado nos anos 1940, a palavra era definida como “Negro. Tipo feio e grotesco.” Essa definição reflete um contexto histórico de racismo e discriminação, em que termos pejorativos eram usados para desumanizar e marginalizar pessoas com base na cor de sua pele.

Hoje em dia, o uso da palavra gibi evoluiu e seu significado mudou, especialmente após a popularização da revista de quadrinhos de mesmo nome que ajudou a reformular a palavra em um contexto mais neutro e amigável. Hoje em dia, gibi é, nada mais, do que um sinônimo de revista em quadrinho. No entanto, é importante conhecer e lembrar suas origens para entender o impacto das palavras e como elas podem carregar significados potencialmente problemáticos. A conscientização sobre esses aspectos é fundamental para que possamos desconstruir pensamentos e, também promover uma sociedade mais inclusiva e respeitosa, onde a linguagem é usada de forma cuidadosa e atenta ao seu impacto.

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Sobre o Autor

Luane Mota

Baiana, 22 anos, estudante de Cinema e Audiovisual. Apaixonada por animações e videogame. Amo falar e escrever sobre meus filmes, séries e livros favoritos.