Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes – Crítica

Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes – Crítica

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Dungeons & Dragons é um dos mais famosos jogos de RPG de mesa e já ganhou uma aventura cinematográfica que é melhor ser esquecida pela qualidade questionável. O jogo, no entanto, é tão marcante que não para de ser referenciado em diversas produções, sendo talvez Stranger Things, da Netflix, a mais marcante delas.

Então, em Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes, essa nova tentativa de estabelecer uma franquia nos cinemas, a solução encontrada pelos idealizadores foi trabalhar com a simplicidade. Ainda que ouvir alguns nomes de raças, locais e magias possa causar estranheza, logo o espectador entra na história e passa a torcer pelos protagonistas pois a ambientação é muito bem feita e há carisma para que nos importemos com quem estamos vendo em tela.

Acompanhamos Edgin (Chris Pine) e Holga (Michelle Rodriguez), dois ladrões que estão buscando o perdão por seus crimes para deixar a prisão após dois anos. Edgin deixou a filha pequena aos cuidados de Forge (Hugh Grant) e agora tenta retomar o contato com Kira (Chloe Coleman). Ao voltar para sua terra, Edgin é surpreendido quando uma antiga amizade se torna um problema e precisa se reunir um grupo para realizar uma missão e conseguir reencontrar a filha.

A estrutura do filme é simples e nada original. Um problema se cria, um grupo improvável precisa se unir, cada um com missões diferentes, mas conforme eles estabelecem um vínculo de amizade, no final todos acabam tendo um objetivo em comum. As características dos personagens representam os diferentes tipos de encarnações que cada pessoa pode ter em um jogo de RPG.

O personagem de Chris Pine conduz a trama, tanto no filme em si, quanto na relação com o público. Isso acaba fazendo com que o restante do grupo, principalmente os personagens de Justice Smith e Sophia Lillis, fiquem de lado. O único que consegue mais atenção da trama é Xenk Yendar (Regé-Jean Page), tanto que o filme precisa tirá-lo de cena para dar novamente os holofotes a Edgin.

Os vilões são subaproveitados. Uma pena, pois com mais de duas horas de duração, o filme teria tempo suficiente para desenvolver bem as ameaças. No entanto, acaba perdendo muito tempo em tentativas de piadas repetitivas e nem sempre engraçadas. Tudo para deixar o tom mais leve e acessível.

No fim das contas, Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes é um bom primeiro passo. É divertido, tem carisma e abre as portas para um universo vasto a ser explorado e desenvolvido. Tem falhas claras, que podem ser facilmente consertadas em sequências. Funciona bem para quem não tem familiaridade com os jogos, mas quem tem a expertise em RPG com certeza vai aproveitar melhor as referências.

Sobre o Autor

Heider Mota
Heider Mota
Baiano, 28 anos, jornalista. Gosto de dar meus pitacos sobre filmes e séries por aqui.

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