Crítica | Wish – O Poder dos Desejos

Crítica | Wish – O Poder dos Desejos

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Wish: O Poder dos Desejos vem carregado de grandes expectativas desde seu anúncio, afinal, não é todo dia que uma empresa como a Disney completa 100 anos, e nada melhor que um filme especial para comemorar essa data mais especial ainda.

Na trama, acompanhamos a história da protagonista Asha, uma jovem corajosa e sonhadora que vive no reino de Rosas, comandado pelo Rei Magnífico e sua esposa Amaya. Lá, todas as pessoas deixam seus desejos aos cuidados do rei na expectativa de que sejam realizados. Porém, ao descobrir que Magnífico escolhe de forma muito imparcial quais serão realizados, Asha resolve mudar essa história e tenta recuperar cada um, para assim, devolvê-los a seus respectivos donos.

A premissa é bastante simples, o que não é algo negativo quando é bem executado. E não é que Wish seja um filme ruim, mas não é tão bom quanto poderia ser. Sei que o objetivo dele não é ser uma história super original e inovadora, e sim uma homenagem aos 100 anos de história do estúdio, mas ainda assim acho que falta um pouco de identidade e intensidade na trama.

As músicas parecem querer mais explicar o que está acontecendo do que transmitir os sentimentos dos personagens. O solo do vilão, por exemplo, tinha potencial pra ser bastante imponente, mas acaba sendo apenas ok. Por outro lado, o número da protagonista, Um Desejo Só, tem uma letra muito bonita que vai além da história contada no filme e isso faz com que ela seja a melhor do filme, sem dúvidas.

Os personagens secundários são bons e divertidos. Os amigos de Asha são referências claras e diretas aos 7 anões da Branca de Neve. Um representa o Zangado, outro o Atchim e assim por diante. Mas os grandes destaques são o bode falante Valentino, que é muito engraçado e faz comentários bem pontuais, na medida certa pra não ser chato, e também para a Estrela, que é extremamente fofa, carismática e engraçada, sem dar nem sequer uma palavra ao longo de todo o filme.

Toda a história é cheia de easter eggs e referências, algumas bem na cara e outras super escondidas, só quem é fã mais hardcore vai conseguir percebê-las. Enxergo isso como a grande glória, mas também a grande derrota de Wish. Ficar bastante preso às referências é algo bom pela homenagem, porém isso faz com que o filme não tenha tanta personalidade própria. Imagino que esse tenha sido o motivo de maior decepção das pessoas que foram conferir o longa nas telonas.

No final das contas, Wish é um filme divertido, mas que deixa algumas coisas em falta. Não é um filme horrível, mas também não entra na lista de melhores já produzidos. É, com certeza, uma história simples com uma mensagem linda e importante: nunca pare de sonhar. Afinal, é graças ao sonho e a vontade de realizar de Walt Disney que a Disney como conhecemos está aqui até hoje, nos seus altos e baixos trazendo alegria e boas memórias a todos que lhe acompanham.

Texto: Luane Mota


Wish – O Poder dos Desejos (2023)

Direção: Chris Buck e Fawn Veerasunthorn
Ano: 2023
Gêneros: Animação, aventura.
Elenco: Ariana DeBose, Chris Pine, Alan Tudyk e mais.
Nota: ⭐⭐✨ (2,5/5)

Sobre o Autor

Luane Mota
Luane Mota
Baiana, 22 anos, estudante de Cinema e Audiovisual. Apaixonada por animações e videogame. Amo falar e escrever sobre meus filmes, séries e livros favoritos.

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