Crítica | What If (3ª temporada)

Quando What If teve sua primeira temporada lançada, acredito que a maior parte dos fãs e espectadores da série ficaram satisfeitos com, pelo menos, alguns dos episódios lançados. No entanto, o grande problema é que quanto mais capítulos saiam, mais as reclamações aumentavam. E, nesta terceira e última temporada, chegamos ao ápice dos problemas da série.

Uma infinidade de possibilidades… desperdiçadas

Após uma primeira temporada interessante, mas com problemas, What If teve um segundo ano mais fraco com um episódio final desastroso. Eis que a terceira (e última) temporada chega e até mesmo os episódios mais legais não conseguem ser sequer bons. Há muitos acertos visuais, porém narrativamente falando, quase nenhum dos oito capítulos se salva.

O que mais chateia é que a proposta de What If é extremamente interessante e com muito potencial de dar certo. Mas, desde o principio, nota-se um erro na execução: não era para ser uma série com um arco que se conecta. A ideia de imaginar as infinitas possibilidades seria justamente explorar realidades alternativas, personagens com histórias trocadas, tinha espaço para viajar em inúmeras situações, reimaginar e reescrever tramas que já vimos nos cinemas e quadrinhos. Infelizmente não foi esse o caminho adotado.

Uma temporada sem graça

Poucos são os destaques desta temporada final. O visual dos episódios focados no Hulkzilla e Agatha Harkness em Hollywood é o ponto alto. Por outro lado, episódios como o do Guardião Vermelho e o infame casal Howard, o Pato, e Darcy entram para o top-5 dos piores momentos de What If.

Um dos maiores desperdícios, por exemplo, foi não ter dado um episódio para conhecermos essa versão da Tempestade que empunha o martelo Mjonir. Ora bolas, se ela apareceria no arco final, por que não apresentar antes?

Também tivemos a apresentação de diversos personagens bobos e sem graça, que tentam fazer graça o tempo todo — Guardião Vermelho e Byrdie são os maiores exemplos aqui.

Um final que não deixará saudades

Ainda que existam pontos interessantes no arco maior (e final) envolvendo o Vigia e a equipe de heroínas exiladas, não é o suficiente para fazer um final que salve a temporada. Pelo contrário, ainda joga mais contra o resultado da temporada que encerra a série. What If tinha tudo para ser um produto fantástico, mas chega ao fim sendo esquecível e, definitivamente, não fará falta.

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