Crítica | Round 6 (2ª temporada)
Três anos após fazer um estrondoso sucesso no streaming do Tudum, Round 6 retorna à Netflix para a sua segunda temporada. E ela tinha tudo para ser vista com maus olhos: o histórico da empresa com continuações, as declarações do criador afirmando que não queria continuar e estaria fazendo somente por dinheiro, enfim… E não é que as expectativas negativas foram superadas com uma temporada que mantém ou melhora o nível da produção?
Leia também: confira a crítica da 1ª temporada de Round 6
Um retorno familiar, mas diferente
Gi-hun, o jogador número 456, após vencer o jogo não conseguiu ter paz. Ele não consegue usar o dinheiro em benefício próprio e decide utilizar dos recursos que tem para buscar uma maneira de acabar de uma vez por todas com os jogos. Com a ajuda do policial Hwang Jun-ho, ele então retorna a um novo jogo para tentar concluir seu objetivo.
A premissa inicial da segunda temporada é interessante. A série poderia ter diversas maneiras de colocar seu protagonista no centro dos jogos novamente, mas opta por até mesmo esticar a história antes que isso de fato aconteça. Me surpreendi ao só retornar aos jogos no episódio 3.
E o primeiro ponto positivo desta nova temporada é justamente não apenas repetir o que já deu certo anteriormente, mas buscar novos caminhos e fazer algo familiar, porém diferente. Não se trata de uma sequência por puro marketing, mas com algo importante a dizer.
Mudança de foco
Se a primeira temporada chamou atenção pela violência extrema, pelos jogos lúdicos, o visual dos personagens que virou fantasia de Halloween ou pela boneca do Batatinha Frita 1, 2, 3, esse segundo ano muda o foco para os personagens e para uma história mais profunda.
Repare bem: neste segundo ano nos importamos e torcemos para muitos mais personagens do que no primeiro ano. Aqui estamos mais aflitos com a possibilidade de perder alguns dos jogadores, enquanto anteriormente nosso foco não passava daqueles que estavam no entorno de Gi-hun.
Essa mudança de foco permite que a série se aprofunde mais nas críticas sociais que faz e adiciona camadas nas questões financeiras, políticas e humanas da Coreia do Sul, mas que também podem se aplicar a muitos outros lugares do mundo. Mas se você gostou muito dos jogos e da violência gráfica, eles ainda estão lá. Só não mais tanto em destaque como no primeiro ano.
Alguns problemas
Na primeira temporada, algumas repetições e demoras no avanço da história acabavam por prejudicar a avaliação final da temporada. Isso também acontece aqui. Situações que poderiam demandar menos tempo, como as votações e alguns jogos por exemplo, demoram demais para acontecer.
Outro problema está no núcleo do policial Hwang. Várias cenas parecem falar a mesma coisa, apenas para explicar novamente ao espectador o que está acontecendo. Por fim, há quem possa considerar a falta de uma conclusão problema também, mas como a série já está renovada para a terceira e última temporada, eu imaginava que não teríamos os principais arcos fechados aqui.
Vale a pena assistir a segunda temporada de Round 6?
Se a primeira temporada de agradou, a segunda também vai te agradar. Já se você não gostou muito do primeiro ano, há chance de você gostar mais desta nova temporada. Round 6 supera a desconfiança de ser uma continuação desnecessária e mostra que ainda tem história para contar.
Final explicado da 2ª temporada de Round 6
Round 6 (2ª temporada)
Criador: Hwang Dong-Hyuk
Elenco: Lee Jung-jae, Wi Ha-jun, Lee Byung-hun, Yim Si-Wan, Park Sung-Hoon, Yang Dong-Geun, Jo Yu-Ri, Kang Ae-Sim, Lee Seo Hwan, T.O.P, Gong Yoo e mais.
Episódios: 7
Disponível em: Netflix
Nota: ⭐⭐⭐⭐ (4/5)
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