Crítica | O Homem-Cão

É um pássaro? É um avião? Não, é o Homem-Cão! Essa nova animação da DreamWorks brinca com o gênero de super-heróis de forma leve e divertida. Continue lendo e saiba mais sobre o que achamos do filme.
A história do longa é a seguinte: após um acidente de trabalho, um policial e seu cachorro se machucam gravemente e apenas uma solução é possível para salvá-los: juntar o corpo de humano com a cabeça de cachorro. Assim nasce o Homem-Cão, um policial meio atrapalhado que se torna o grande herói de sua cidade.
The zoeira never ends
Este filme não se leva nada a sério. Ainda bem! O Homem-Cão faz piadas o tempo todo. Algumas delas são bem infantis e previsíveis, já outras são surpreendentemente engraçadas. O longa também adota um estilo visual numa vibe de histórias em quadrinhos, o que dá um charme especial para algumas dessas muitas piadas.
Algo que particularmente gostei bastante foi a forma como o filme está sempre zoando os clichês do gênero de super-heróis. Vilão com um passado triste? Esconderijo (nada) secreto? Destruição em massa da cidade ao tentar salvá-la? Vilão esperar o super-herói estar presente para começar a executar seus planos malvados? Sim! Tudo isso está presente. São nesses detalhes em que a história mais brilha.
Ritmo frenético, personagens mais frenéticos ainda

Uma palavra que poderia descrever esse filme é acelerado. Não digo no andamento da história, mas nas cenas mesmo. Elas sempre tem cortes rápidos e os personagens estão em movimento praticamente o tempo todo. Se piscar, perdeu! Em alguns momentos fiquei meio “paralisada” de tanta coisa acontecendo uma atrás da outra praticamente sem pausa. Algo que achei meio chato sobre a trama é que têm piadas demais, praticamente sem um tempo entre uma outra.
E que personagens são esses, gente? A grande maioria tem um bem humor contraditório ou exagerado, estilo The Office, sabe? Mas obviamente de um jeito family friendly. Parece que ninguém tem a cabeça no lugar. As únicas (algumas) palavras de sensatez vem do personagem Pepêzinho que, por sinal, é o melhor do filme em minha opinião. Tão fofinho!
Aspectos técnicos
O estilo da animação me lembra bastante um stop-motion, apesar de não ser. Os personagens são bem bonitinhos e parecem bonecos (o que não devem vender de brinquedos é brincadeira…) e com a história também há uma sensação de assistir uma criança brincando com seus brinquedos e inventando as narrativas mais mirabolantes e malucas.
Além do mais, o filme tem uma pegada de mista de histórias em quadrinhos com inserções gráficas em tela e desenhos animados de televisão com vozes aleatórias lendo placas e brevemente comentando em algumas cenas. Se já não há a ideia de transformar O Homem-Cão em série animada, aqui fica a sujestão. E fica de boa, Dreamworks, nem vou cobrar os direitos autorais.
Vale a pena assistir?
O Homem-Cão é o tipo de animação ideal para assistir quando se quer ver algo leve e pra passar o tempo. O longa traz algumas lições bacanas, mas de forma muito superficial. É divertido, mas não é a animação que vai mudar a sua vida. É uma boa opção para assistir em família ou nos dias em que você estiver afim de “desligar” o cérebro e curtir numa boa.
O Homem-Cão
Direção: Peter Hastings
Ano: 2025
Elenco: Pete Davidson, Peter Hastings, Lil Rel Howery, Ricky Gervais, Isla Fisher e mais (vozes originais)
Duração: 1h29min
Nota: ⭐⭐⭐(3/5)
Sobre o Autor

- Baiana, 22 anos, estudante de Cinema e Audiovisual. Apaixonada por animações e videogame. Amo falar e escrever sobre meus filmes, séries e livros favoritos.
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