Crítica | Madame Teia

Crítica | Madame Teia

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É difícil entender a razão de um filme como Madame Teia existir. E ainda mais quando os envolvidos na escrita da trama do filme sãos os mesmos responsáveis por uma das maiores bombas cinematográficas já produzidas, o tenebroso Morbius.

Existiam inúmeras possibilidades de fazer esse filme funciona, e é impressionante que nenhuma delas sequer parece ter sido considerada pelos produtores. O longa, que é mais uma adição ao Universo dos Personagens do Homem-Aranha da Sony, mais uma vez sem a participação do Teioso, não tem propósito nem mesmo nesse malfadado recorte escolhido pela Sony.

Acompanhamos na história Cassandra Webb (Dakota Johnson), uma paramédica que trabalha em Nova York ao lado de Ben (Adam Scott). Um dia, ao realizar um salvamento de uma pessoa ferida em um acidente, Cass acaba ficando presa no carro da vítima e cai nas águas do rio. É nesse momento que seus poderes de clarividência são ativados e a trama do filme se desenvolve a partir das confusões da personagem sobre o que está acontecendo.

Além disso, vemos Ezekiel (Tahar Rahim), que tem um certo envolvimento com o passado de Cass, e é um homem que tem poderes de Aranha e é atormentado por sonhos que mostram três Mulheres-Aranha tirando a sua vida. Ele então decide procurar as moças no presente para matá-las antes que elas ganhem os poderes. É aí que tudo se conecta, pois Cass já cruzou caminho com as três garotas, hoje adolescentes, que um dia ganharão poderes e serão as nêmesis de Ezekiel.

Madame Teia tem diversas ideias, e algumas delas são até interessantes. Os poderes de Cassandra poderiam dar ao filme uma vibe Premonição (que inclusive recebe diversas referências aqui), a história do vilão também tenta emular filmes como Exterminador do Futuro e Minority Report. Mas tudo sem grande sucesso.

Falta carisma à protagonista, que ao contrário da atriz que parece estar se divertindo, pouco entrega. O roteiro furado e cheio de coincidências narrativas também não ajuda o público a se conectar e se importar com a história. O filme se leva a sério demais, e os poucos momentos que se salvam são justamente quando a história abraça seu lado mais galhofa.

O fato é que Madame Teia é um filme sem qualquer propósito. Não faz uma boa história de origem, não se encaixa em nenhum universo já estabelecido e as promessas para o futuro em nada empolgam. O fracasso de crítica e público deve fazer com que dificilmente sequências vejam a luz do dia. Já passou da hora da Sony repensar esse formato de filmes. Se quer explorar o universo em torno do Homem-Aranha, ao menos tente fazê-lo ser interessante. Não foi dessa vez, mais uma vez. Que venha Kraven, o Caçador, ainda em 2024…


Madame Teia (Madame Web)

Direção: S. J. Clarkson
Ano: 2024
Gêneros: Ação e aventura.
Elenco: Dakota Johnson, Sydney Sweeney, Celeste O’Connor, Isabela Merced, Adam Scott, Emma Roberts, Tahar Rahim e mais.
Nota: ⭐ (1/5)

Sobre o Autor

Heider Mota
Heider Mota
Baiano, 28 anos, jornalista. Gosto de dar meus pitacos sobre filmes e séries por aqui.

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