Crítica | Bridgerton (3ª temporada – parte 2)

Crítica | Bridgerton (3ª temporada – parte 2)

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Um mês após a parte 1, Bridgerton completa a sua terceira temporada com os últimos quatro episódios. Anunciados como repleto de emoções e reviravoltas, os novos capítulos realmente trilham um rumo diferente do início da temporada, e nem sempre conseguem se sair bem com isso. Vamos lá para a análise.

O episódio 5 é maravilhoso. Temos a continuação do início do relacionamento entre Colin (Luke Newton) e Penelope (Nicola Coughlan) e o anúncio do noivado dos dois para os familiares. Os Bridgertons são avisados pessoalmente, e ficam radiantes. Já as Featherington ficam sabendo apenas pelas Crônicas da Sociedade de Lady Whistledown, e tem reações de desdenho e indignação. Para não entrar na natureza completa de detalhes, o que faz esse episódio ser tão bom é que o foco dele é o casal principal. Polin aqui tem as suas melhores interações da temporada.

No entanto, o que vemos do episódio 6 em diante traz mais ressalvas do que anotações positivas. Além de terem deixado os principais acontecimentos para a parte final, o que faz tudo ficar muito apressado e sem muita noção de passagem de tempo, perde-se o foco. São muitas histórias diferentes sendo contadas e a força do casal protagonista se esvai, simplesmente pois eles deixam de ser o ponto de interesse da série. O roteiro se preocupa muito mais em deixar sementes para o futuro do que em contar o desfecho de uma história que se constrói desde o episódio 1 da primeira temporada de Bridgerton.

Um dos meus maiores pontos para não ter gostado tanto da segunda parte foi que se formos contar o tempo de tela de Polin, a maior parte eles não se resolveram. Até mesmo o casamento aconteceu com eles brigados. E isso nos tirou muitas oportunidades de vermos cumplicidade, amor, carinho e cenas ainda mais sensacionais que as da carruagem ou a do espelho. Uma pena essa decisão criativa da série. No final temos uma redenção, mas fica uma sensação de que poderia ter sido muito mais. Roteiro, montagem e direção pecam muito nessa parte 2.

A respeito das mudanças em relação ao material original, algumas eram esperadas, outras nem tanto. A repercussão tem sido mista, mas mais negativa do que positiva. Mudanças que engrandeçam a história contada sempre vejo como bem-vindas, mas elas precisam ser respeitosas com os personagens e com os fãs que fizeram a obra ser minimamente atrativa para atrair interesse em adaptação. Vamos ver no futuro se isso levou Bridgerton a um caminho melhor ou pior.

Para fechar, é uma pena que Bridgerton não tenha conseguido manter o nível da parte 1 após o episódio 5. São muitos altos e baixos e um fechamento em uma nota que não é a melhor possível. Há muito o que gostar, mas também há muito o que reclamar.

Na temporada de forma geral, esperava ver mais de Polin, o que a primeira parte entregou e a segunda ficou devendo. Agora, como diz Lady Whistledown em um dos momentos finais desse terceiro ano, nos resta aguardar o que o futuro reserva, seja lá o que ele trouxer.

Bridgerton (3ª temporada – parte 2)

Showrunner: Jess Brownell
Ano: 2024
Duração: 4 episódios
Elenco: Nicola Coughlan, Luke Newton, Claudia Jessie, Luke Thompson, Polly Walker, Hannah Dodd, Ruth Gemmell, Golda Rosheuvel, Adjoa Andoh, Jonathan Bailey, Simone Ashley e mais.
Nota da parte 2: ⭐⭐ (2/5)
Nota da temporada: ⭐⭐💫 (2,5/5)

Sobre o Autor

Heider Mota
Heider Mota
Baiano, 28 anos, jornalista. Gosto de dar meus pitacos sobre filmes e séries por aqui.

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