Crítica | Anora

Crítica | Anora

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Anora é uma dramédia romântica que tem dado o que falar no meio da imprensa e muito em breve saberemos se agrada ao público em geral. É aparentemente uma história clichê de uma profissional do entretenimento adulto que se apaixona por um cliente peculiar, esse filme entrega mais do que demonstra superficialmente.

O Entre Sinopses já conferiu o filme e traz aqui a crítica sobre o que você deve encontrar ao assistir a essa produção!

Anora é Uma Linda Mulher reformulado

Não sei qual o seu histórico com filmes de comédia romântica, mas Uma Linda Mulher pra mim é um clássico e não posso deixar de comparar. Veja bem: uma prostituta que se envolve mais do que devia com um cliente depois de passar alguns dias com ele.

Mas, quando ultrapassamos o conto de fadas do filme dos anos 90, chegamos na realidade muito bem descrita no novo longa, pois faz mais sentido com o que aconteceria de verdade.

Anora é divertido, tem espaço para dar algumas risadas e relaxar um pouco. Porém, engana-se quem acredita que é apenas isso. Mais que comédia, esse filme é um drama e, olha só, é a triste história de Ani, como ela prefere ser chamada.

Confesso que esse engano foi eu mesma quem cometeu. Acreditei que seria um filme diferente sobre romance, mas na verdade é um olhar diferente sobre a vida das prostitutas.

Não quero ir muito além disso para não estragar sua experiência, mas, quando embarcamos com Anora, sonhamos junto com a história, queremos ser felizes e espontâneos como a protagonista, mas aos poucos entendemos que a realidade dela não é aquela.

Em todo tempo, Ani diz que é feliz e talvez demonstre isso com o jeito leve que tem, mas em alguns momentos, fora da noite, é possível ver que não é bem assim. Sem contar com o final que revela exatamente a realidade da vida que ela leva.

Incômodos em Anora

Apesar de ter gostado do filme, especialmente tramas escondidas na entrelinhas, me chamaram atenção dois detalhes relacionados a classificação indicativa.

A principio há uma exploração da vida que a protagonista leva e por isso há um apelo maior que justifica a alta restrição de idade. Porém, há momentos em que parece que vão ter algumas histórias relacionadas a abuso de poder parte dos personagens armênios e russos que talvez pudessem explorar algum tipo de truculência, mas fica totalmente restrito ao humor.

Não me entenda mal, não desejava ver violência gratuita, mas achei estranho. Possa ser que fosse um desejo da produção não manter o clichê que sempre é feito em relação aos russos.

Por outro lado se era o interesse não fazer esse lado, por que não pensaram o mesmo sobre as cenas de Anora? Apenas algo que ficou no ar para mim e incomodou um pouco, embora não tenha atrapalhado a experiência.

Sem incômodos agora

Por fim, vale mencionar que a protagonista vivida por Mikey Madison está muito bem. É a interpretação dela que dá profundidade ao filme. Se não fosse um papel bem feito, seria apenas mais uma história sobre uma profissional do sexo, afinal o filme não se preocupa em explicar ou explicitar determinados sentimentos da personagem.


Anora

Direção: Sean Baker
Ano: 2024
Elenco: Mikey Madison, Mark Eydelshteyn, Yura Borisov e outros
Duração: 2h19min.
Nota: ⭐⭐⭐💫 (3,5/5)

Sobre o Autor

Ana Cláudia Oliveira
Jornalista de formação, sou redatora há 10 anos. Já escrevi de tudo um pouco e agora estou mergulhando no universo do entretenimento. Há muito o que se descobrir por aí e é através da comunicação que quero fazer isso: this is the way!

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