Crítica | Andor (2ª temporada)

Crítica | Andor (2ª temporada)

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A segunda temporada de Andor tinha a missão complicada de manter o nível do primeiro ano da série e encerrá-la com chave de ouro, sabendo que apesar da grande qualidade da temporada anterior, a audiência não veio junto. A ideia de um Star Wars mais adulto, infelizmente, não caiu nas graças do grande público, o que é uma pena, já que sempre pedem novas e diferentes histórias.

Pois bem, lançada em quatro volumes de três capítulos, com cada um deles compreendendo um ano antes do eventos de Rogue One: Uma História Star Wars, Andor retorna com uma temporada espetacular, que facilmente se configura no topo das produções já lançadas da franquia. Vamos falar mais a respeito!

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O primeiro volume de episódios nos apresenta três histórias. Cassian Andor (Diego Luna) levando uma nave imperial, mas ficando preso em um conflito em que ele nada ter a ver com a situação; Bix (Adria Arjona), Will (Muhannad Bhaier) e Brasso (Joplin Sibtain) disfarçados em um planeta distante e o casamento da filha de Mon Mothma (Genevieve O’Reilly).

É um bom começo de temporada, mas reúne o arco que ficou mais deixando a desejar na minha opinião que é esse conflito em que Cassian acaba preso sem ter muito o que fazer por lá. A história melhora muito quando ele finalmente consegue sair de lá. A trama no planeta Mina-Rau é incrível, mostrando ainda mais o horror que é a chegada imperial. Também reserva uma das cenas mais tensas de Star Wars como um todo, com Bix sofrendo uma tentativa de abuso sexual.

Já o casamento da filha de Mon é um verdadeiro espetáculo de como culturas diferentes podem ser criadas para obras ficcionais. É tudo tão vivo e bonito que parece ser real. E a tensão no fim com Luthen (Stellan Skarsgård) tomando uma decisão difícil nos faz lembrar de quão árdua foi essa luta para estabelecer a aliança rebelde.

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A cada volume, um ano se passa. Aqui temos Cassian e Bix vivendo em Coruscant e o Império adotando a estratégia de tomar o planeta Ghorman. É o início de um dos mais tensos e intensos arcos já vistos na franquia Star Wars.

Uma das cenas mais incríveis é quando Kleya (Elizabeth Dulau) precisa retirar uma escuta em meio a chegada de figuras do alto escalão imperial. Mas o melhor momento é ver Bix acabando com a raça do doutor que a torturou na primeira temporada.

Mensageiro / Quem é Você? / Bem-vinda à Rebelião

O terceiro volume traz o que pode ser considerado o ponto mais alto de Andor contando as duas temporadas. Aqui temos o Império maquinando a tomada de Ghorman, as viradas na posição de Syril (Kyle Soller) e seu primeiro encontro com Cassian, além do episódio 8 que é absurdamente espetacular.

Também temos um ótimo episódio 9 em que Cassian Andor precisa salvar Mon Mothma. O clima de tensão, suspense, de não saber em quem confiar. Tudo é construído de forma perfeita aqui.

Mas não posso deixar de falar sobre o MASSACRE de Ghorman, perfeitamente maquinado pelo Império. Quando a história no planeta começa nós ficamos meio perdidos, sem saber o que está acontecendo de fato, mas quando entendemos… poucas formas de representar o horror desse sistema seriam mais impactantes que isso.

Faça Isso Parar / Quem mais Sabe? / Jedha, Kyber, Erso

Por fim, a temporada fecha nos apresentando como Luthen iniciou o movimento que viria a colaborar com a Aliança Rebelde. Também é revelado aos personagens sobre o verdadeiro plano imperial, que é a construção da Estrela da Morte.

Temos a ascensão de Kleya a um papel de protagonismo, Dedra sendo praticamente descartada por aquilo que tanto defendeu e lutou, e um Cassian Andor colocado de lado em primeiro momento para depois voltar à ação e salvar Kleya.

Não é superior ao volume anterior, mas é um perfeito encerramento para a série, pois sabemos que a história ainda não terminou e foi continuada nos eventos do filme Rogue One: Uma História Star Wars. Inclusive, toda a jornada de Andor com certeza faz ficar mais interessante revisitar esse filme.

Quem não ficou emocionado com a cena final mostrando Bix e um bebê, filho de Cassian Andor com ela, não tem mais coração.

Vale a pena assistir a 2ª temporada de Andor?

Diria que é OBRIGATÓRIO para fãs de Star Wars assistir a série. E ainda mais, complemento cravando que a série pode ser uma nova porta de entrada para a franquia. Começar por aqui, ver os bastidores de tudo que acontecerá no futuro e em seguida assistir ao filmes cria uma nova perspectiva sobre todos os eventos da franquia.

Andor é uma poesia em formato de série e uma obra-prima da franquia Star Wars que merecia ser mais assistida por todos, sejam fãs antigos ou novos.

Sobre o Autor

Heider Mota
Heider Mota
Baiano, 29 anos, jornalista. Gosto de dar meus pitacos sobre filmes e séries por aqui.