5 curiosidades sobre Tubarão, clássico de Steven Spielberg

Lançado em 1975, Tubarão é um marco na história do cinema. Dirigido por um jovem Steven Spielberg, o filme se tornou o primeiro grande blockbuster de Hollywood, revolucionando a forma como os estúdios lançam e promovem suas produções. Meio século depois, Tubarão continua a influenciar cineastas e a causar arrepios em quem se aventura pelas águas do mar. Para comemorar os 50 anos desse clássico, selecionamos 5 curiosidades fascinantes sobre os bastidores e segredos de produção do filme que ajudou a consolidar a carreira de Spielberg e a redefinir o gênero suspense. Confira!
O tubarão mecânico que quase afundou a produção
O temido tubarão branco do filme era, na verdade, um modelo mecânico de mais de 7 metros de comprimento. Batizado carinhosamente de “Bruce” — em homenagem ao advogado de Spielberg —, o animatrônico apresentava constantes falhas técnicas, especialmente durante as filmagens no mar aberto. Os problemas eram tão frequentes que Spielberg precisou mudar sua abordagem e mostrar o tubarão o mínimo possível.
Essa limitação técnica acabou sendo um trunfo criativo. Ao sugerir a ameaça em vez de mostrá-la diretamente, Spielberg intensificou o suspense e transformou Tubarão em uma experiência cinematográfica ainda mais assustadora e envolvente.

A clássica cena de abertura
A icônica cena de abertura, em que a personagem Chrissie Watkins é atacada no mar, continua uma das mais impactantes do cinema. Para alcançar o realismo desejado, a atriz Susan Backlinie foi presa a um sistema de cabos que a puxava violentamente para os lados, simulando o ataque do tubarão.
Spielberg pediu à equipe técnica que não avisasse Susan sobre a ordem dos puxões, o que resultou em uma reação de pânico absolutamente autêntica. O grito de desespero que ouvimos não foi atuação — foi puro instinto (coitada!) , e o resultado ficou eternizado na história do cinema.
Veja: Estrelas de Hollywood que recusaram papeis marcantes no cinema
Bruce, o tubarão com nome de advogado
Como mencionado anteriormente, o tubarão mecânico ganhou o apelido de Bruce por causa do advogado de Spielberg, Bruce Ramer. A equipe de filmagem se referia ao animatrônico com esse nome durante toda a produção. O apelido pegou de tal forma que se tornou uma referência cultural.
Curiosamente, o nome “Bruce” também seria usado anos depois pela Pixar para nomear o tubarão vegetariano do filme Procurando Nemo (2003), em uma divertida homenagem ao clássico de Spielberg.

A mudança no destino de Hooper
No romance original de Peter Benchley, Matt Hooper, o biólogo interpretado por Richard Dreyfuss, morre durante o confronto com o tubarão. No entanto, Spielberg mudou o roteiro após um evento inusitado. Durante as filmagens de cenas com tubarões reais na Austrália, uma das câmeras captou um ataque impressionante a uma gaiola submersa — que estava vazia no momento.
A cena ficou tão boa que Spielberg decidiu usá-la no filme, o que obrigou a alterar o destino de Hooper para que ele sobrevivesse ao ataque. Essa mudança contribuiu para um final mais empolgante e menos trágico, ajudando a manter o tom do filme mais acessível ao grande público.

Leia também: Roteiro original e roteiro adaptado: quais as diferenças?
“Você vai precisar de um barco maior”
A célebre frase “You’re gonna need a bigger boat” (“Você vai precisar de um barco maior”) dita por Roy Scheider não estava no roteiro. Ela foi completamente improvisada pelo ator durante as filmagens. A espontaneidade do momento agradou tanto a Spielberg que a fala foi mantida na versão final.
Hoje, essa frase é considerada uma das mais memoráveis da história do cinema, frequentemente citada em listas de melhores falas e usada como referência em diversas situações fora do contexto do filme.
Mesmo após 50 anos, Tubarão continua a impressionar por sua inventividade, narrativa tensa e impacto cultural. As curiosidades por trás da produção mostram como limitações técnicas e decisões criativas ajudaram a moldar um dos maiores clássicos do cinema. Se você ainda não viu — ou se faz tempo que não assiste —, esta é a oportunidade perfeita para revisitar o filme e redescobrir por que ele ainda causa tanto medo… e admiração.
Sobre o Autor

- Baiana, 22 anos, estudante de Cinema e Audiovisual. Apaixonada por animações e videogame. Amo falar e escrever sobre meus filmes, séries e livros favoritos.
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