5 curiosidades sobre O Auto da Compadecida

5 curiosidades sobre O Auto da Compadecida

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O Auto da Compadecida é um dos maiores clássicos do cinema brasileiro, conquistando gerações de fãs com sua mistura de humor, crítica social e elementos da cultura nordestina. Lançado em 2000, o filme baseado na obra de Ariano Suassuna segue sendo um marco do cinema nacional. Com o lançamento do filme 2 programado para 25 de dezembro, esse é o momento perfeito para relembrarmos algumas curiosidades que tornam essa história ainda mais fascinante. Vamos lá?

A obra que inspirou o filme

O filme O Auto da Compadecida é inspirado na obra homônima de Ariano Suassuna, um dos maiores escritores brasileiros. O autor escreveu originalmente a peça de teatro que, mais tarde, foi adaptada para o cinema. A obra se tornou um ícone, sendo considerada não apenas um marco na literatura brasileira, mas também uma base importante para a adaptação cinematográfica. A conexão entre a peça e o filme reforça a riqueza cultural e a profundidade da história, que explora temas como a religião, a moralidade e a vida no sertão nordestino.

De minissérie de sucesso para filme

Antes de chegar às telonas, O Auto da Compadecida foi exibido como uma minissérie de quatro capítulos pela Rede Globo, em janeiro de 1998. A produção foi um sucesso estrondoso, conquistando o público com sua narrativa cativante e personagens memoráveis. O sucesso foi tão grande que, logo após, o diretor Guel Arraes, junto com a Globo Filmes, decidiu transformar a minissérie em um filme para o cinema. Essa versão cinematográfica, no entanto, teve cerca de 100 minutos a menos em comparação com a minissérie original, o que exigiu uma adaptação do roteiro para um formato mais condensado, sem perder a essência da história.

O sertão paraibano como cenário perfeito

As filmagens de O Auto da Compadecida ocorreram na cidade de Cabaceiras, no sertão da Paraíba, uma região que tem grande significado para a obra de Suassuna. A cidade, que fica próxima a Taperoá – o cenário das aventuras de João Grilo e Chicó na peça original – foi escolhida por sua semelhança com o ambiente descrito na obra. O sertão, com suas paisagens áridas e clima quente, se torna um personagem à parte no filme, adicionando uma camada de autenticidade e imersão à narrativa.

Os desafios dos figurinos

Os figurinos de O Auto da Compadecida são tão marcantes quanto os próprios personagens, mas os atores enfrentaram grandes desafios ao usá-los. Marco Nanini, que interpretou o cangaceiro Severino, teve que carregar um figurino que pesava nada menos do que 8 quilos todos os dias de gravação. Além disso, o personagem usava uma peruca, um olho de vidro e látex no rosto, o que tornava o processo de atuação ainda mais complexo. Por outro lado, Matheus Nachtergaele, que interpretou João Grilo, usou uma prótese amarelada e irregular no rosto, o que fez com que o personagem se tornasse ainda mais peculiar e inesquecível para o público.

Reconhecimento internacional e prêmios que marcaram a carreira do filme

O sucesso de O Auto da Compadecida não se limitou ao Brasil. O filme recebeu diversos prêmios, consolidando-se como um dos maiores fenômenos do cinema nacional. No Grande Prêmio do Cinema Brasil, venceu nas categorias de Melhor Diretor, Melhor Ator (para Matheus Nachtergaele), Melhor Roteiro e Melhor Lançamento. Em 1999, também conquistou o Grande Prêmio da Crítica, da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), e em 2015 foi eleito pela Abraccine como um dos cem melhores filmes brasileiros de todos os tempos. No cenário internacional, o filme também foi premiado, incluindo o prêmio do júri popular no Festival de Cinema Brasileiro de Miami e o prêmio de Melhor Ator para Matheus Nachtergaele no Festival Internacional de Cinema de Viña del Mar, no Chile.

O Auto da Compadecida continua sendo um exemplo brilhante de como o cinema pode capturar a essência de uma obra literária e transformá-la em algo ainda mais grandioso. Com o lançamento do filme 2, a expectativa só aumenta para mais uma celebração da genialidade de Ariano Suassuna e da rica cultura nordestina. Se você ainda não assistiu ou quer revisitar o filme original, este é o momento ideal para redescobrir um dos maiores clássicos do cinema brasileiro.

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Sobre o Autor

Luane Mota
Luane Mota
Baiana, 22 anos, estudante de Cinema e Audiovisual. Apaixonada por animações e videogame. Amo falar e escrever sobre meus filmes, séries e livros favoritos.

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